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Homens são mais afetados pela hérnia inguinal

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Assim como diversos problemas de saúde, é importante ficar atento aos sinais do nosso corpo e, quando perceber algo diferente, buscar ajuda médica.

A hérnia inguinal é um tipo de hérnia que é representada pelo deslocamento de um órgão ou tecido por meio de uma abertura anormal que surge na região da virilha. Esse tipo de hérnia, na maioria dos casos, é causado por um defeito ou fraqueza da parede abdominal nas proximidades da virilha. 

O cirurgião gastrointestinal do COP – Centro de Oncologia do Paraná, Henrique A. Wiederkehr, explica que a hérnia inguinal é mais frequente no sexo masculino e pode se manifestar em qualquer faixa etária, porém é mais comum em crianças com menos de 5 anos e idosos que fumam e apresentam problemas de saúde como tosse crônica, prisão de ventre, obesidade ou pressão alta. 

“Os homens são os mais afetados devido à forma que acontece o desenvolvimento intrauterino dos meninos. Durante o sétimo ou oitavo mês de gestação os testículos são formados dentro do abdômen. Nesse período, forma-se um canal para que esses órgãos passem pela virilha (a região inguinal) para que cheguem até a bolsa escrotal. Esse canal, que também se forma nas meninas para permitir a passagem dos ligamentos do útero, deve cicatrizar ao se aproximar do fim da gestação, deixando apenas uma pequena abertura que recebe o nome de anel inguinal”, aponta Henrique A. Wiederkehr.

É nesse anel inguinal que os vasos do testículo e o ducto deferente passam em direção a bolsa escrotal. Em algumas situações, o canal não fecha de maneira correta, resultando em uma área vulnerável. “Além dessa alteração durante o desenvolvimento gestacional, tabagistas ou pessoas com constipação intestinal também podem ter o risco de desenvolver hérnia, uma vez que essas situações aumentam a pressão abdominal”, exemplifica o cirurgião gastrointestinal. 

Sintomas e tipos da hérnia inguinal

Os principais sintomas da hérnia inguinal são o inchaço na virilha, desconforto ou dor na região da virilha, sensação de queimação ou peso na raiz da coxa, podendo piorar quando a pessoa fica em pé por muito tempo, quando tosse ou ao realizar esforços. “Quando a hérnia não é tratada pode evoluir para um processo de encarceramento, quando órgão preso para de receber sangue. Essa situação é grave e pode levar à necrose e morte dos tecidos internos, podendo haver risco de vida do paciente”, alerta.  

A hérnia inguinal é dividida em dois tipos: a direta e a indireta. A primeira, geralmente ocorre após longo período de esforços físicos e também é diagnosticada, quase que exclusivamente, em homens em idade adulta. Já a segunda forma, é associada a um problema congênito e é mais comum em recém-nascidos e adultos jovens. 

Diagnóstico e tratamento

Após sentir os sintomas, é fundamental buscar por um especialista que irá realizar um exame clínico físico. Em alguns casos, a ultrassonografia e tomografia computadorizada podem ser indicadas para confirmar a presença da hérnia. 

Quando o diagnóstico é positivo, o tratamento é feito com a herniorrafia inguinal, cirurgia realizada para corrigir a hérnia. Vale lembrar que o procedimento a ser realizado irá depender do tipo da hérnia, a gravidade e a saúde geral do paciente. A recuperação no pós-cirúrgico é relativamente rápida, mas necessita de cuidados especiais, como não segurar mais de 2 kg de peso, dormir de barriga para baixo, evitar dobrar o troco e aumentar o consumo de alimentos ricos em fibra, evitando dessa maneira a prisão de ventre.  

Dr. Henrique A. Wiederkehr faz o alerta: “Assim como diversos problemas de saúde, é importante ficar atento aos sinais do nosso corpo e, quando perceber algo diferente, buscar ajuda médica. Além das questões genéticas, algumas atitudes podem diminuir o risco de desenvolver hérnia, como a prática de exercícios físicos regulares, uma dieta rica em legumes e fibras e evitar carregar objetos muito pesados sozinho. Evitar o tabagismo e o sobrepeso também irão ajudar a reduzir as chances de desenvolver uma hérnia”.

Assim como diversos problemas de saúde, é importante ficar atento aos sinais do nosso corpo e, quando perceber algo diferente, buscar ajuda médica.

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