O câncer de próstata é um dos tipos mais comuns entre os homens no Brasil, ficando atrás somente do câncer de pele não melanoma. São esperados cerca de 71.740 novos casos Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA. A maior incidência é em homens a partir dos 60 anos.
Entre os fatores de risco que aumentam a probabilidade de se desenvolver a doença estão a idade; parentes de primeiro grau com câncer de próstata (pai e irmãos); raça negra; preconceito (de fazer o exame preventivo); dieta rica em gordura animal e obesidade podem estar associados a um risco aumentado de câncer de próstata.
A detecção precoce, feita por meio de exames como o PSA (Antígeno Prostático Específico), e o exame de toque retal são fundamentais para o sucesso do tratamento e aumento das chances de cura. “A recomendação é que homens a partir dos 50 anos realizem esses exames. Para os que têm histórico familiar ou fatores de risco, sugere-se acompanhamento a partir dos 45 anos”, ressalta o urologista oncológico Antônio Brunetto Neto, do COP – Centro de Oncologia do Paraná.
O diagnóstico do câncer de próstata geralmente envolve uma combinação de métodos clínicos e exames, como conhecer a história clínica e realizar exame físico; exames de sangue, como o do antígeno prostático específico (PSA), biópsia da próstata (caso haja suspeita de câncer). Também pode ser solicitados exames de imagem como ultrassonografia, ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) para avaliar a extensão do câncer.
Novidades no tratamento
O tratamento do câncer de próstata varia de acordo com a localização, o estádio da doença, se ela é localizada ou se houve metástase. As novidades no tratamento do câncer de próstata seguem evolução e algumas abordagens recentes são muito promissoras, como o uso de terapias-alvo, imunoterapia e hormonioterapia. Os inibidores de PARP (medicamentos que atuam inibindo a enzima PARP, impedindo o reparo de danos no DNA das células tumorais), como o olaparibe têm mostrado eficácia em homens com mutações genéticas específicas, como BRCA e BRCA2. No tratamento com imunoterapia são usadas vacinas terapêuticas, como Sipuleucel-T, que visam estimular o sistema imunológico para que este ataque as células cancerosas.
A hormonioterapia traz como novidade os novos antiandrogênios, que são medicamentos como enzalutamida e abiraterona que são utilizados em estágios mais avançados da doença e apresentam resultados promissores principalmente no que se refere à sobrevida.
Radioterapia
A radioterapia é uma das principais opções de tratamento para o câncer de próstata, especialmente em estágios localizados ou localmente avançados. Ela utiliza radiações ionizantes para destruir células cancerígenas. A Radioterapia Estereotáxica usa altas doses de radiação em poucas sessões, aumentando a precisão e reduzindo os efeitos colaterais. Há também o uso de radiação para tratar metástases ósseas derivadas do câncer de próstata. A radiação pode aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida.