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Uso excessivo de celular e computador podem causar a Síndrome do Olho Seco

  • Foto do escritor: Editor Paranashop
    Editor Paranashop
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura

Doença já atinge mais de 14% da população brasileira e o impacto nos jovens tem crescido devido ao tempo de tela


O aumento do uso de telas faz com que os olhos pisquem menos e, com isso, o ressecamento se intensifica.
Crédito: Shutterstock

Antes associada principalmente a pessoas com mais de 50 anos, a Síndrome do Olho Seco vem se tornando cada vez mais comum entre os jovens e, especialmente, entre as crianças, e um dos principais motivos é o uso excessivo de telas. Dados de 2025 do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) apontam um crescimento expressivo no uso da internet e na posse de celulares entre bebês e crianças, indicando que 44% dos pequenos entre zero a dois anos já fazem uso de telas, o que pode contribuir para o surgimento da síndrome.

 

Embora seja uma doença bastante frequente, é considerada complexa por ter múltiplas causas. Ela afeta a superfície dos olhos e o filme lacrimal, provocando desconforto, irritação e até distúrbios visuais.

 

Estudos apontam que no Brasil, entre 14% e 24% da população sofre com a síndrome, cujos sintomas incluem olhos vermelhos, sensação de areia ou corpo estranho, ardência e, em alguns casos, até lacrimejamento excessivo. Acordar com os olhos incomodando é uma das queixas mais comuns. Como se trata de uma condição multifatorial, o diagnóstico pode não ser tão simples e requer a avaliação de um especialista.

 

Segundo o médico oftalmologista Leon Grupenmacher, diretor técnico da Eco Oftalmologia, em Curitiba (PR), a síndrome do Olho Seco pode estar relacionada a diversas doenças sistêmicas, principalmente de origem reumatológica, como lúpus e artrite reumatoide. Além disso, fatores ambientais e de estilo de vida têm impacto direto no surgimento e agravamento da condição.

 

“Com o aumento do tempo que passamos diante de telas os olhos tendem a piscar menos e, com isso, o ressecamento se intensifica”, afirma Leon.

 

Isso ajuda a explicar por que tantas crianças e jovens têm apresentado sintomas que antes eram mais comuns em pessoas mais velhas. As mulheres na menopausa ou próximas dessa fase também têm maior predisposição à síndrome, devido às alterações hormonais naturais desse período.

 

Outros fatores de risco incluem ambientes secos, com ar-condicionado ou muito vento, uso prolongado de medicamentos como antidepressivos e antialérgicos, além do uso contínuo de lentes de contato, que podem prejudicar a lubrificação natural dos olhos. A falta de sono reparador e de vitaminas também contribuem para o agravamento do quadro.

 

O tratamento, na maioria das vezes, é clínico e visa controlar os sintomas e eliminar os fatores que provocam ou agravam a síndrome. “Medidas simples como umidificar o ambiente, mudar a direção do ar-condicionado, usar colírios lubrificantes e ajustar o tempo de exposição às telas já podem fazer uma grande diferença. Em casos mais específicos, o médico pode indicar o uso de medicamentos via oral ou até procedimentos cirúrgicos, mas isso só deve ser feito com orientação profissional”, completa o médico.

 

Sobre o Eco Medical Center

Inaugurado em 2022, o Eco Medical Center é um dos maiores ecossistemas médicos do Paraná. Em três anos, já atendeu mais de 350 mil pacientes, com uma média de 16 mil consultas por mês. São mais de 400 médicos em 45 especialidades, além de possuir centro cirúrgico para procedimentos de baixa e média complexidade, exames e laboratórios, clínicas integradas e um modelo centrado na experiência do paciente. O Eco fica na Rua Goiás, 70 - Água Verde, Curitiba. Telefone: (41) 3123-6550.


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