quarta-feira, 18 dezembro 2024
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Maioria dos professores da Educação Infantil não possui formação específica

Etapa mais importante no desenvolvimento do indivíduo não exige dos profissionais formação adequada para a função

 

Primeira etapa do Ensino Básico, a Educação Infantil atende crianças de 0 a 6 anos, um período decisivo para o desenvolvimento e formação intelectual do indivíduo. Segundo especialistas, a ciência já comprovou que a “arquitetura do cérebro” se forma nos primeiros anos de vida. Cada nova experiência que as crianças vivenciam no ambiente educativo desencadeia uma série de descobertas. Para a supervisora editorial da Mais Cores Solução Educacional, Silvia Dumont, isso ajuda a explicar porque o trabalho na Educação Infantil é considerado tão importante para definir o futuro do ser humano. “É nessa fase que a criança começa a desenvolver suas capacidades físico-motora, cognitiva, socio-emocional, estética, ética, de relacionamento interpessoal e de inserção social. Se esse período não for motivador e instigante, pode comprometer o desenvolvimento escolar, social e afetivo da criança”, alerta Silvia.

Apesar da importância dos anos iniciais de estudo, profissionais com formação em nível superior que atuam na Educação Infantil ainda são minoria no país. Uma pesquisa realizada em seis capitais brasileiras revela que 65% dos professores que atuam nessa fase de ensino não tem qualificação específica para trabalhar com educação de crianças. Nos centros municipais de Educação Infantil espalhados pelo Brasil, a maioria dos professores tem apenas o Ensino Médio concluído. A formação incompleta desses profissionais dificulta o acesso às melhores possibilidades de aprendizagem. “Se o professor de Educação Infantil será o mediador das ações que irão propiciar o aprendizado essencial para essa faixa etária, decisiva para o desenvolvimento humano, é evidente que esse profissional precisa ser um especialista, um conhecedor profundo das questões que envolvem o desenvolvimento infantil em todos os seus aspectos. Do contrário, ele desempenhará um papel assistencialista, sem priorizar o potencial das crianças de sua sala de aula”, destaca Silvia.

Grande parte dos alunos, durante a primeira infância, permanece na escola em regime integral, chegando a ficar até 8 horas sob a atenção e cuidados dos professores. O que reforça a enorme influência que esses profissionais têm no desenvolvimento das crianças. “É esperado, portanto, que o educador que atua junto aos pequenos tenha ampla concepção da criança como sujeito histórico, social, cultural e futuro cidadão”, ressalta Silvia. Ela observa que são inúmeras as competências necessárias a um professor da Educação Infantil: “ele deve demonstrar um olhar atento e sensível ao desenvolvimento da criança, respeitando o ritmo de cada uma delas; precisa ser capaz de planejar situações de aprendizagem que visem ao desenvolvimento integral dos alunos; apresentar intencionalidade nas ações de educar, cuidar e brincar, propiciar o desenvolvimento de objetivos de aprendizagem por meio de interações e brincadeiras e, por fim, assumir a formação continuada como alicerce para a sua fundamentação teórica e desenvolvimento pessoal e profissional”, descreve.

Hannyni Mesquita, gestora da Educação Infantil do Colégio Positivo Júnior, de Curitiba (PR), destaca que durante a chamada primeiríssima infância – de 0 a 3 anos – se aprende mais do que se aprenderá ao longo de toda a vida. “Nesse sentido, as escolas que ofertam a Educação Infantil têm uma enorme responsabilidade com a humanidade. Saber o que fazer, porque fazer e como fazer é para profissionais e exige muita formação continuada e acompanhamento direto de alguém que transforme a prática em objeto de reflexão para melhoria contínua”, explica Hannyni.

A educadora defende que os profissionais que atuam na Educação Infantil entendam que o brincar é a linguagem da criança e que consigam transformá-lo em instrumento mediador no processo didático-pedagógico. “O professor precisa saber aproveitar essa ferramenta determinante no desenvolvimento dos aspectos cognitivo, motor, afetivo, psicológico e social da criança e, para isso, é preciso estar preparado de forma adequada”, ressalta. “Nessa etapa, o educador deve ter um olhar que é desenvolvido por meio de orientação e formação, e calibrado para perceber situações corriqueiras, transformando-as em disparadores para novas aprendizagens”, completa.

 

Sobre o Colégio Positivo

O Colégio Positivo compreende cinco unidades na cidade de Curitiba, nas quais nasceu e se desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo Júnior, o Colégio Positivo – Jardim Ambiental, o Colégio Positivo –  Ângelo Sampaio, o Colégio Positivo Hauer e o Colégio Positivo Internacional atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à educação, material didático atualizado e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários. Os alunos têm à sua disposição atividades complementares esportivas e culturais, incentivo ao empreendedorismo e aulas de Língua Inglesa diferenciadas, além de aprendizado internacional na unidade que leva essa proposta em seu nome. Em 2016, foram incorporadas ao Grupo duas novas unidades do Colégio Positivo Joinville, em Santa Catarina e, em 2017, a unidade do Colégio Positivo – Santa Maria, em Londrina (PR).

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