Nem sempre os sintomas das doenças são claros. Uma dor de estômago pode indicar um infarto em curso, um sangramento na gengiva pode ser sinal de diabetes. Nesse sentido, aquela dor de ouvido ou mesmo o entupimento do canal auditivo, bem como uma dor de cabeça constante podem representar um problema que pouca gente conhece: a DTM, sigla para Disfunção Temporomandibular. Apesar do nome estranho, essa doença atinge cerca de 30 milhões de pessoas no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Muitas pessoas convivem com o problema, tendo dores de cabeça, de ouvido e faciais, sem chegarem ao diagnóstico correto, o que as obriga a utilizar constantemente analgésicos e relaxantes musculares”, explica o cirurgião bucomaxilofacial e coordenador do setor de ATM do Hospital CEMA, Érico Vlasic Campello.
A DTM é o nome que se dá às disfunções que atingem as articulações temporomandibulares, também conhecidas como ATMs. Elas ficam localizadas entre o maxilar e o crânio, na região anterior à orelha, em ambos os lados. “Essas articulações são importantes, pois são responsáveis por promover movimentos mandibulares para frente, para trás e para os lados. São elas que nos permitem abrir e fechar a boca, mastigar, engolir e falar”, detalha o especialista. No Brasil, as DTMs atingem cerca de 10 milhões de brasileiros, de acordo com dados do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. “Vale destacar que de 5% a 10% dos casos diagnosticados precisam passar por tratamento cirúrgico”, ressalta Campello. A disfunção tem uma incidência maior em mulheres e conta com alguns fatores de risco, além do gênero, como a idade, quadros de estresse ou trauma e anormalidades na face.
Entre os sintomas mais comuns estão a dificuldade, dor, limitação para abrir ou movimentar a boca, estalos na ATM, travamento na mandíbula, dores na face e perto do ouvido, sensação de cansaço nos músculos da face e alguns tipos de dores de cabeça. Outros sintomas menos comuns incluem dor no pescoço, ombro, nuca e costas, inchaço ao lado da boca e/ou da face, desvios da mandíbula, surdez momentânea, vertigem ou zumbido e ouvido tampado. “Em casos avançados, o paciente não consegue fechar a boca, o que exige atendimento em pronto-socorro para recolocar a mandíbula na posição original”, afirma o especialista.
A boa notícia é que a DTM tem tratamento, que visa, principalmente, minimizar a dor e restabelecer a função temporomandibular. As formas de tratamento vão desde medicamentos, terapias de reabilitação oral e/ou aplicação ortopédica, mudanças de comportamento, procedimentos simples realizados em consultórios e cirurgia. Tudo vai depender da gravidade do caso. Para chegar ao diagnóstico, o especialista pode pedir exames de tomografia, radiografia e ressonância magnética. Essa última é a melhor forma de descobrir tais disfunções, pois produz imagens detalhadas dos tecidos moles. “Por isso, é importante recorrer a um especialista, caso desconfie de que sofre de DTM, para fazer o tratamento adequado e recuperar a qualidade de vida”, finaliza.
Sobre o CEMA
Referência no atendimento especializado de olhos, ouvidos, nariz e garganta há mais de 40 anos, o Hospital CEMA atende os mais variados planos de saúde e clientes particulares. O Hospital mantém a unidade e o pronto-atendimento funcionando 24 horas, 7 dias por semana. Possui ainda clínicas de especialidades complementares em cardiologia, neurologia (dor), fonoaudiologia, medicina do sono, disfunção temporomandibular, cirurgia plástica estética, orientação nutricional, odontologia e ortodontia, com atendimento exclusivo com hora marcada, além de unidades ambulatoriais em todas as regiões de São Paulo e em São Bernardo do Campo, no ABC.
Para mais informações sobre o Hospital e seu braço social, o Instituto CEMA, acesse: http://www.cemahospital.com.br
cintia.ferreira