O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que vão surgir 1 milhão e 200 mil novos casos de câncer em 2018 e 2019. É necessário uma série de exames para se diagnosticar o câncer, mas alguns sintomas estão presentes na fase inicial da doença e merecem atenção. Segundo o médico oncologista Elge Werneck, apenas os sinais não são conclusivos para a doença, mas sempre que persistirem por mais de uma semana merecem investigação.
O especialista alerta que uma perda de peso rápida em pessoas que não estão fazendo dieta é um sinal frequente da doen28e câncer de pâncreas, estômago ou esôfago, mas também podem surgir em outros tipos”, explica. Além disso, acordar cansado e apresentar fadiga extrema fazendo coisas simples, como arrumar a cama ou subir escadas, também pode ser sinal da doença. “O câncer pode provocar anemia, seja pela própria doença crônica ou por sangramentos, levando, consequentemente, ao cansaço excessivo”, afirma.
Sabe aquela dor que não passa? A dor persistente que não cede com repouso ou com compressas também pode ser preocupante. O especialista lembra que a dor localizada é comum em alguns tipos de câncer, mas que normalmente acontece em estágios mais avançados da doença. “A febre sem motivo aparente também pode ser um indicativo da doença”, alerta.
O médico lembra que alterações nas fezes, dor ao urinar, demora para cicatrizar feridas e sangramentos em regiões como garganta, fezes, urina ou mamilos e também manchas escuras na pele podem ser sinais do câncer. “Os sintomas não indicam a presença de um tumor, mas são um alerta para procurar um médico e investigar as causas”, alerta.
Em caso de suspeita da doença, o médico irá fazer uma detalhada avaliação clínica seguida por exames complementares, caso necessário. “Quando antes descobrir o tipo da doença e iniciar o tratamento adequado, melhores as chances de cura e sucesso do tratamento”, finaliza Elge. “Na enorme maioria das vezes o diagnostico apenas é confirmado através de uma biópsia da área suspeita. Assim, não há motivos para desespero perante a presença de cistos ou nódulos em ultrassonografias ou tomografias, por exemplo. Doenças benignas também podem apresentar-se assim.”, reafirma o oncologista.
Segundo o responsável técnico do LANAC, o bioquímico Marcos Kozlowski, existem indicadores para tumores, feito por análise sanguínea. “Alguns deles, como o PSA, são medidos nos exames de rotina, o famoso check-up”, explica. Outros marcadores, como o AFP, MCA, BTA, CA 125, Calcitonina, Tireoglobulina e o CEA são monitorados quando há uma investigação médica para a doença.