Mulheres têm mais diabetes, diz pesquisa

foto/W3LiveNews.com

A prevalência do diabetes entre mulheres teve queda de 18,1% no último ano. Atingiu 8,1% das brasileiras contra 9,9% em 2016. Ainda assim, continua sendo maior que o índice de 7,1% na população masculina. É o que mostra a pesquisa VIGITEL 2017 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) que acaba de ser divulgada pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier o diabetes é caracterizado pelo acúmulo de glicose no sangue que predispõe a graves doenças nos olhos, hipertensão arterial, insuficiência renal e doenças cardíacas.

O especialista explica que quando este aumento da glicemia está relacionado à queda ou ausência de produção da insulina caracteriza o diabetes tipo 1 que responde por 10% dos casos. No tipo 2 acontece resistência do organismo à insulina que resulta em menor penetração da glicose nas células, pontua. Para ele, o resultado da pesquisa pode estar relacionado à diminuição do consumo de refrigerantes no país, mas está longe de ser tranquilizador.  Prova disso,  é o alto índice no Brasil de dois fatores de risco que contribuem com a doença – o sobrepeso e a obesidade.

Outros riscos elencados pelo médico são: casos na família, colesterol alto, stress e sedentarismo.

Catarata

O oftalmologista afirma que no início o diabetes não apresenta sintomas. Por isso, pode passar despercebido. A evolução da doença faz o cristalino reter mais água, leva à maior formação de radicais livres e dobra o risco de desenvolver catarata. Por isso, o diabetes pode antecipar o aparecimento dessa doença que geralmente surge a partir dos 60 anos e torna opaco nosso cristalino, lente interna do olho.

A falta de sintomas faz muitas pessoas só descobrirem o diabetes em um diagnóstico de catarata. “Nestes casos quanto antes for realizada a cirurgia, maior a segurança para a saúde ocular”, afirma. Isso porque a substituição do cristalino por uma lente intraocular totalmente transparente que não degenera, permite ao especialista enxergar o fundo do olho onde podem acontecer importantes alterações que necessitam de diagnóstico precoce para evitar a perda definitiva da visão.

Diabetes gestacional

O especialista destaca que de acordo com o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia)  7% das brasileiras também desenvolvem o diabetes gestacional. A doença, .explica.  resulta da maior produção de HPL (Hormônio Lactogênio Placentário) durante a gestação que inibe a produção de insulina e aumenta os níveis de glicose no sangue.

A condição, ressalta, é temporária, mas predispõe à catarata precoce, hemorragia vítrea caracterizada pelo súbito bloqueio da visão, glaucoma neovascular em que a se formam neovasos na íris (parte colorida do olho)  e retinopatia diabética, formação de neovasos na retina.

O oftalmologista afirma que tanto o glaucoma neovascular como a retinopatia diabética são doenças oculares que podem ocorrer em mulheres diabéticas fora do período gestacional e levar à perda da visão. Por isso ao primeiro sintoma recomenda consultar um oftalmologista para aplicação de laser que na maioria dos casos evita a cegueira definitiva.

Prevenção

Queiroz Neto afirma que a principal recomendação para evitar complicações na visão é incluir na alimentação:

– Cereais integrais, amêndoas, amendoim e avelã que funcionam como um bloqueador dos efeitos da luz solar por conterem vitamina E um potente antioxidante que evita a formação precoce de catarata e a degeneração macular.

– Cenoura, abóbora, mamão e goiaba por serem ricos em vitamina A nutriente essencial para a saúde ocular. O primeiro sinal de deficiência de vitamina A, segundo Queiroz Neto, é a cegueira noturna e o ressecamento dos olhos que causa turvamento da visão. A deficiência também pode causar danos na retina com comprometimento permanente da visão e conjuntivite recorrente devido à queda da imunidade. Para melhorar a absorção é recomendável incluir na alimentação fontes de zinco como: frutos do mar, carne, ovos, tofu e gérmen de trigo.

– Semente de linhaça, sardinha e salmão que combatem o olho seco por conterem ômega 3, além de estarem associados a um risco reduzido de surgimento e progressão da catarata.

– Tomate, vinho tinto, frutas cítricas, mirtilo, amora por protegerem os olhos da catarata e degeneração macular pela ação antioxidante da vitamina C, além de serem ricos em flavonoides que garantem a boa circulação e saúde dos vasos oculares.

– Frutos do mar e castanha do Pará que contém selênio e podem reduzir o risco de degeneração macular quando combinados a alimentos ricos em vitamina E, A e C.

Dieta perigosa

O especialista ressalta que o consumo desses alimentos pode não resultar em boa saúde ocular se for acompanhado de excesso de açúcar, alimentos ricos em gordura saturada como as carnes bovinas e os derivados de leite. Também deve ser evitado o excesso de sal porque em grande quantidade o sódio pode depositar no cristalino e predispõe à catarata. Por isso, antes de consumir um alimento industrializado a recomendação é checar a quantidade de sódio no rótulo, para tornar a alimentação uma aliada de seus olhos. (ldcldc@uol.com.br)

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