Parkinson começa de forma tímida, mas pode alterar completamente o estilo de vida de uma pessoa

Um distúrbio do sistema nervoso central que afeta o movimento, muitas vezes incluindo tremores.
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O Mal de Parkinson é uma doença degenerativa do cérebro, que atinge células nervosas provocando a morte delas. “Os principais sintomas são tremores, rigidez dos músculos, lentidão dos movimentos, desequilíbrio, pouca mímica facial, raciocínio lento, ansiedade e até demência”, afirma o neurologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dr. Cleverson de Macedo Gracia.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, 1% da população mundial acima de 65 anos tem o mal de Parkinson. No Brasil, a estimativa é de que ela acometa mais de 200 mil pessoas. “A idade mais comum é a partir dos 60 anos, mas existe um pico de incidência no adulto jovem, aos 40 anos de idade”, destaca o neurologista.
Segundo o médico, o problema está relacionado ao acúmulo de uma substância tóxica dentro da célula nervosa, que a faz entrar em colapso, no entanto a causa ainda não está totalmente definida. Alguns fatores de risco são fortemente apontados como causas. “Genética, estresse e os temidos agrotóxicos que podem causar a lesão neurológica”, explica o neurologista.

Os sintomas motores e não motores, que alteram o estilo de vida do paciente, podem causar sofrimento em diversas escalas, dependendo do estágio da doença. “Cada paciente tem sua velocidade de progressão. Alguns não pioram e levam uma vida quase normal, até que a doença passe a causar incapacidades”, ressalta o médico.
Para controlar a progressão do parkinson, há tratamento, mas não a cura. “Existem medicações que aumentam o nível de dopamina em regiões especificas do cérebro, além disso é necessário que o paciente realize exercícios físicos ou até mesmo fisioterapia”, explica Dr. Cleverson.

Por isso, ao notar alguns dos sinais da doença, um médico deve ser rapidamente consultado. “O diagnóstico precoce pode evitar complicações do parkinson, como alterações no comportamento, limitações físicas, quedas e até mesmo a perda de memória”, finaliza o médico. O diagnóstico é feito por meio de histórico clínico e exclusão de outras doenças que simulam o parkinson por meio de exames de imagem do cérebro.

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