Atualmente, 29% dos postos de trabalho nas indústrias do ramo de telecomunicações, por exemplo, já são preenchidos por mulheres.
A mão de obra feminina está conquistando cada vez mais espaço em mercados de trabalho que anteriormente era exclusivo do sexo masculino. As indústrias do setor de telecomunicações, por exemplo, já possuem 29% dos cargos preenchidos por mulheres, em setores que vão desde os administrativos aos industriais, nas áreas de gestão e operacional.
É o caso da Alessandra de Lima. Formada em administração a funcionária da Fibracem, fabricante especializada no setor de comunicação óptica, integra a equipe de Programação e Controle de Produção (PCP) desde 2014, e diz que o fato de ser mulher cooperou no constante trabalho para melhorar a relação interna entre os vários setores da indústria.
“O setor de produção é uma área que eu amo. Tenho o respeito dos meus colegas de equipe, assim como também recebo apoio dos gestores para desempenhar da melhor maneira possível minha função”, comenta Alessandra sobre o ganho de espaço das mulheres em setores operacionais.
Ao inserir a mão de obra feminina dentro de uma organização como essa, inclusive em setores operacionais, a tendência é que se leve para dentro das empresas, características adquiridas durante a vida, como determinação, foco, organização e pontualidade.
Com a experiência de ser mãe e responsável direta pelas finanças domiciliar, Sabrina Dias conta que isso ajudou a administrar o tempo e o desenvolvimento do seu progresso profissional. “Esse know-how que adquirimos dentro de casa, nos proporciona a agir com mais facilidade às várias situações que acontecem ao mesmo tempo dentro de uma indústria”, diz a técnica em eletroeletrônica industrial, que hoje atua como líder de qualidade da fabricante paranaense.
Mulheres em Evidência
O interesse do mercado industrial à mão de obra feminina tem colocado as mulheres em evidência dentro das grandes corporações, muitas delas ocupando cargos de liderança. De acordo com a CEO da companhia, Carina Bitencourt, dos 23 cargos estratégicos dentro da Fibracem, sete são ocupados por mulheres. “Isso significa que 30% dos nossos gestores de equipes são mulheres, com grande parte delas atuando como líderes em setores operacionais, como a fábrica, por exemplo.” ressalta a executiva.
Quebra de Barreiras
Mesmo com o setor industrial se mostrando cada vez mais de portas abertas para receber mão de obra feminina, alguns preconceitos como ‘trabalho pesado é melhor executado por homens’ precisam ser superados, afirma a CEO da Fibracem, Carina Bitencourt. E segundo ela, nem todo trabalho na indústria requer força, e mesmo quando isso se aplica, mulheres podem operar máquinas pesadas com a mesma proficiência dos homens. “As mulheres são tão capazes e qualificadas quanto os homens para qualquer área de atuação”, finaliza Carina.