Uma das doenças mais populares que afetam os olhos é a conjuntivite. Ela pode ter origem infecciosa ou alérgica. A primavera, apesar de ser uma estação colorida, também é o período da manifestação mais comum da conjuntivite alérgica. Chamada de primaveril ou febre do feno, é causada principalmente pelo pólen das flores disperso no ar.
Geralmente, a doença apresenta-se com coceira e vermelhidão ocular e o tratamento é feito com auxílio médico, resolvendo-se em dias ou poucas semanas. De acordo com o oftalmologista do Hospital da Visão de Toledo (HVT), Gláucio Bressanim, a conjuntivite alérgica acomete pessoas predispostas, geralmente portadoras de outros tipos de alergias, como rinite ou mesmo asma. “Na primavera, o número de casos aumenta devido ao tempo seco e a presença do pólen das flores”, explana. Os ácaros, a poluição, pêlos de animais, dentre outros agentes podem ser os responsáveis pelo aparecimento da doença.
No caso da conjuntivite infecciosa, é causada principalmente por vírus e bactérias. “Nestes casos, a conjuntivite é contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados”, ressalta Bressanim. Segundo o oftalmologista, as crianças são as que mais sofrem com a doença. “Os pequenos têm o hábito de esfregar os olhos. Com a mão contaminada, a propagação de da doença é maior”, explica.
Sintomas – Os principais sintomas da conjuntivite alérgica são vermelhidão, coceira e lacrimejamento dos olhos. “Nos casos infecciosos, é comum o aparecimento de secreção, com sensação de areia e os olhos amanhecerem grudados. Pode também aparecerem gânglios inchados próximos à entrada dos ouvidos”, comenta Dr. Gláucio Bressanim. Para quem usa lentes de contato, a orientação é interromper o uso enquanto estiver afetado pela doença.
Cuidados – Dr. Gláucio Bressanim orienta as pessoas a, de uma maneira geral, manterem as mãos limpas e evitarem esfregarem os olhos. “Especificamente no conjuntivite alérgica, é fundamental que os ambientes estejam limpos e arejados, evitar tapetes, carpetes, cortinas e bichos de pelúcia no mesmo ambiente das pessoas acometidas, além de uma troca freqüente das roupas de cama e até mesmo expor o colchão à luz solar”, conclui o oftalmologista.
Sobre Doutor Gláucio Bressanim
Gláucio Bressanim é graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde também fez residência entre 2004 e 2007. É especialista em inflamação intraocular (Uveíte) pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) e em Retina e Vítreo pela Universidade de São Paulo (USP). Atua no Instituto da Visão de Cascavel desde 2009 e desde 2011 atende também no Hospital da Visão de Toledo.