Cerca de cem ortopedistas do Brasil inteiro estarão reunidos no Rio de Janeiro para o estudo da preparação mental do atleta competitivo, antes de uma prova e para aprenderem a usar as modernas técnicas de avaliação para que o atleta renda o máximo, reduzindo ao mínimo o risco de lesões.
“A preparação mental é tão importante como o condicionamento físico e sem ela há um risco maior de sofrer lesões e desenvolver patologias”, afirma o coordenador do simpósio da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte, Fábio Krebs Gonçalvers.
O simpósio é um dos eventos do Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia – CBOT, promovido pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, que começa dia 15 de novembro no Riocentro e que reunirá 3.000 ortopedistas e centenas de fisioterapeutas para discutir a evolução e as novidades no diagnóstico e tratamento dos problemas ortopédicos.
Programado para a quarta-feira, 14 de novembro, o Simpósio vai se valer dos equipamentos do Parque Aquático Maria Lenk, desenvolvido para as Olimpíadas, para treinar os ortopedistas no uso do que há de mais moderno em termos de tecnologia para a prevenção de lesões no esporte.
“O ortopedista que trabalha fora dos grandes centros e principalmente nas cidades pequenas não tem acesso fácil a aparelhos para medir capacidade aeróbica, força muscular, para fazer avaliações pré-atividade física e mensurar os ganhos resultantes do treinamento”, explica Fábio Krebs. “Como acontece de grandes futuros campeões serem encontrados em cidades do interior”, é preciso aumentar a capacitação dos ortopedistas e treiná-los para que o preparo esportivo, inclusive do atleta amador, possa ser feito sem risco de lesões, atualmente tão comuns no esporte.
O Simpósio vai incluir não apenas a parte teórica, mas principalmente a prática, voltado principalmente para a prevenção, insiste Krebs, que lembra a necessidade de toda a população se exercitar e o crescente número de problemas, de que são exemplo as frequentes lesões no joelho e na coluna, decorrentes do exercício mal executado.
Marcado para as 14 horas do dia 14, o simpósio terá início no auditório do Parque Aquático com uma apresentação sobre a proposta do Laboratório Olímpico, seguindo-se uma mesa redonda sobre avaliação do atleta de natação, relacionando os dados de frequência cardíaca correlacionados com os de hidratação, depois do que será dada uma aula sobre ‘integração dos Departamentos de Bioquímica, Nutrição e Fisiologia do Esporte’.
Na segunda parte do Simpósio será apresentado um caso de atleta de Tae-kwon-do, que será debatido levando em conta a avaliação do mesmo. Serão apresentados os marcadores de injúria muscular, relacionados com os dados de monitoramento da intensidade de treino e com os números obtidos pelos exames clínicos solicitados. Os moderadores e debatedores serão professores de várias universidades, que discutirão a questão da preparação mental do atleta, a fisiologia do esporte e os aspectos médicos visando tanto a melhoria dos resultados, como a prevenção de lesões.
Outra mesa redonda será sobre ginástica artística e o organizador do evento insiste que em todos os esportes competitivos é vital levar em conta a saúde e o preparo mental do atleta, que tem influência direta sobre a parte musculoesquelética. “O estresse que precede uma prova em qualquer modalidade esportiva pode e costuma afetar o atleta, provocar desconforto”, diz ele, e é preciso que o ortopedista saiba como minimizar essa tensão, para prevenir o desenvolvimento de patologias e fazer com que a prática esportiva seja saudável e gratificante, conclui o especialista.
SERVIÇO:
50º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia
Local: Centro de Convenções Riocentro, Rio de Janeiro/RJ
Datas: 15 a 17 de novembro de 2018
Informações: http://cbot2018.com.br/