Procedimento consiste em melhorar a estética das orelhas e pode ser feito a partir dos seis anos de idade
A otoplastia, ou cirurgia plástica na orelha, é realizada para minimizar deformidades, corrigir assimetrias de forma, tamanho e também angulação em orelhas mal formadas de nascença ou que sofreram algum traumatismo. A cirurgia é considerada reparadora quando é feita para corrigir um defeito e, ao mesmo tempo, estética, pensando-se na busca pela harmonia de forma, volume e posição das orelhas.
De acordo com o cirurgião plástico Bruno Legnani , existe desde o grau mais leve até o mais grave de orelhas em abano, porém a indicação cirúrgica é baseada no grau de incômodo que o paciente apresenta. “Há pacientes com pequenas alterações e grande incômodo, os graus são baseados na quantidade de alterações anatômicas presentes na orelha e há também casos de macrotia, em que a pessoa tem as orelhas de tamanho acima do normal”, explica.
Segundo o cirurgião, a idade mínima para a realização do procedimento é entre seis e sete anos de idade. “Nessa faixa, já houve a finalização do crescimento das orelhas, de modo que a cirurgia não irá interferir nesse processo e também coincide com a idade escolar de alfabetização, quando a criança começa a se incomodar com as orelhas proeminentes”, lembra.
Apesar da otoplastia ser um procedimento simples e durar em média uma hora, requer exames pré-operatórios completos. “É necessário fazer o hemograma e coagulograma completos e o eletrocardiograma”, alerta Legnani.
O médico explica que o procedimento consiste na retirada do excesso de pele e em seguida é feito o ligamento da cartilagem, para deixa-la mais flexível, e em alguns casos pode ser feita também a retirada de cartilagem para diminuição da orelha. Logo em seguida são feitos pontos de fixação para manter uma nova anatomia da orelha, realizando o fechamento da pele e, em geral, os pontos são internos e absorvíveis, sendo assim, não precisam ser retirados.
O cirurgião plástico comenta que o processo de recuperação leva em torno de dois a três meses e durante esse período é preciso permanecer em repouso absoluto por dois ou três dias, mantendo a cabeça sempre elevada. “O curativo em forma de capacete colocado no final da cirurgia pode ser retirado em torno de três dias, sendo que o paciente deverá utilizar uma faixa elástica compressiva por cima das orelhas por cerca de duas semanas”.
Os resultados da otoplastia são bastante satisfatórios e podem ser notados a partir do sétimo dia, com a retirada dos curativos, mas a aparência definitiva das orelhas só pode ser analisada a partir do segundo mês após a cirurgia. “Para que a recuperação seja tranquila e ocorra da melhor maneira possível, e no menor tempo, é fundamental seguir todas essas prescrições e as demais orientações dadas pelo cirurgião plástico”, finaliza o especialista.
Sobre Bruno Legnani:
O médico cirurgião plástico Bruno Legnani possui título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), tem residência médica em cirurgia plástica e microcirurgia pelo Instituto Nacional do Câncer e fellow internacional em cirurgia plástica estética na Akademikliniken, na Suécia.