Alterações corporais elevam risco de desidratação e mascaram sintomas
Na onda de calor que atinge o Brasil desde o fim de 2018, as sensações térmicas chegaram em 64ºC e fizeram boa parte da população buscar recursos para se proteger. E mesmo com todo o cuidado, quem mais sofre com as altas temperaturas são os idosos. Com alterações naturais ocasionadas pela idade, a atenção deve ser redobrada na hora de ajudar esse público a se refrescar.
De acordo com o cardiologista Luiz Antônio Bettini, professor de Medicina da Universidade Positivo, a percepção de calor após determinada idade fica alterada, o corpo desidrata, não ocorre a sudorese e a temperatura corporal pode aumentar. “Idosos perdem, com o tempo, a adaptação ao calor devido a alterações dos pontos térmicos do corpo e, com isso, não percebem as grandes variações térmicas”, explica.
Além disso, o corpo passa a regular o estímulo da sede e também da necessidade de urinar de forma desregulada, o que causa um risco maior de desidratação. “Com o passar dos anos, o sistema nervoso central diminui ou deixa de enviar para o corpo os estímulos nervosos responsáveis pela sensação de sede e pelo controle da urina, isso faz com que os idosos bebam pouca água, mesmo no verão, e urinem com bastante frequência, podendo desidratar-se sem sentir”, conta Bettini.
Idosos que sofrem com doenças como diabetes e hipertensão também precisam ficar atentos. Nos quadros de hipertensão, muitas vezes, a medicação pode influenciar no volume diurético, aumentando ainda mais a perda de líquidos. “Os idosos que sofrem de tais doenças devem procurar seus médicos nesta época do ano para remanejar o tratamento. Não dá para ingerir as mesmas doses de diuréticos e insulina que usam durante o resto do ano”, explica Bettini.
O médico Luiz Antônio Bettini dá algumas dicas para garantir um verão saudável:
- Beba grande quantidade de água durante todo o dia, mesmo sem sede;
- Procure abrigo em lugares cobertos ou em áreas que possuam ar condicionado;
- Vista-se com roupas leves e de cor clara;
- Evite atividades físicas e ao ar livre na parte mais quente do dia (entre 10h e 16h);
- Use protetor solar, chapéu ou boné ao sair no sol;
- Evite ingerir cafeína e álcool, pois são bebidas que contribuem para a desidratação;
- Se sentir cansaço, náuseas, tonturas, ou desenvolver dores de cabeça, saia imediatamente do sol, procurando abrigar-se numa sombra, local arejado e beba água.
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo concentra, na Educação Superior, a experiência educacional de mais de quatro décadas do Grupo Positivo. A instituição teve origem em 1988 com as Faculdades Positivo, que, dez anos depois, foram transformadas no Centro Universitário Positivo (UnicenP). Em 2008, foi autorizada pelo Ministério da Educação a ser transformada em Universidade. Atualmente, oferece 61 cursos de Graduação presenciais, três programas de Doutorado, cinco programas de Mestrado, mais de 150 programas de Especialização e MBA, cinco cursos de idiomas e dezenas de programas de Extensão. A Universidade Positivo conta com sete unidades em Curitiba, uma unidade em Londrina (PR), uma unidade em Joinville (SC), além de polos de Educação a Distância (EAD) em mais de 30 cidades espalhadas pelo Brasil.