O Brasil realiza uma média de 31,5 procedimentos estéticos em homens por hora
De acordo com um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), divulgado no começo de 2017, a busca de homens por procedimentos cirúrgicos quadruplicou no Brasil nos últimos cinco anos, passando de 72 mil para 276 mil ao ano, uma média de 31,5 procedimentos por hora.
Segundo o cirurgião plástico Bruno Legnani, tratamentos anti-idade estão em alta entre o público masculino, junto a procedimentos ligados ao emagrecimento. “O uso de cremes faciais antirrugas e antienvelhecimento já é uma realidade para esse público. Hoje, 30% das toxinas botulínicas aplicadas no consultório são nos homens”, afirma Legnani.
Segundo o cirurgião, não são só as rugas e o envelhecimento da pele que preocupam os homens atualmente, as gorduras localizadas também estão no topo da lista. “Os homens estão procurando cada vez mais cedo os procedimentos estéticos, em busca de mais satisfação com alguma parte do corpo e também na luta contra o envelhecimento”, afirma.
A pesquisa da SBCP, na infância até juventude a otoplastia (correção das orelhas em abano) é a cirurgia plástica mais comum nos homens. Já na faixa de 20 a 30 anos, a procura fica entre a ginecomastia (cirurgia para correção das mamas masculinas) e a rinoplastia (plástica no nariz), além da otoplastia. De 30 a 40 anos, os homens se interessam mais pela lipoaspiração, lipoescultura e implantes capilares, este último também entra na faixa de 40 a 50 anos. A blefaroplastia – cirurgia nas pálpebras – é bastante requisitada por homens com idades de 50 a 60 anos. Acima de 60 anos, a ritidoplastia (lifting facial ou tratamento cirúrgico das rugas do rosto) é a campeã de pedidos.
Ainda segundo o especialista, os homens tem características faciais e corporais diferentes das mulheres, e buscam sempre por um resultado o mais natural possível. “A cirurgia plástica está sendo vista cada vez mais como um caminho para o bem-estar e autoestima, não apenas vaidade, e por isso o público masculino tem sido visto com maior frequência nos consultórios. É importante que, independente do sexo, o ser humano esteja satisfeito com suas características físicas, e se não estiver, tenha a possibilidade de mudar”, finaliza Legnani, lembrando que hoje 10% dos seus pacientes são homens.