Realizar uma consulta periódica é necessário para identificar uma possível contratura capsular ou outra complicação
A cirurgia de implante de silicone nos seios é indicada para mulheres que desejam aumentar o volume das mamas, ou mesmo recuperar a firmeza e o volume perdidos após grandes perdas de peso ou amamentação. É indicada também para mulheres submetidas à mastectomia para extração de tumores.
De acordo com o cirurgião plástico Bruno Legnani, a troca de próteses e a validade do produto estão entre as dúvidas mais frequentes das pacientes. “As próteses de silicone mais recentes, fabricadas a partir dos anos 2000, são muito mais seguras que as antigas e, há casos de paciente com até 20 anos de cirurgia sem necessidade de troca. Porém, é necessária a revisão das próteses com pelo menos 10 anos de uso, e um acompanhamento periódico com exames de imagens para verificar a situação das próteses”, explica o médico.
Além da validade das próteses, há outros fatores que devem ser considerados para uma possível troca, como em casos de acidentes, quando a prótese não está posicionada corretamente ou quando ocorre o endurecimento da cápsula do implante, que é chamado de contratura. “A prótese necessitará ser trocada também se ela sofrer uma ruptura causada por acidentes de diversas naturezas e, nestas situações, mesmo que ela não apresente danos visíveis, uma ressonância magnética poderá evidenciar o problema. Quando a paciente engorda ou emagrece muito e a prótese fica mal localizada, devido ao aumento da flacidez. Neste caso, pode ser necessário ainda realizar um lifting associado a colocação de uma nova prótese”, afirma.
Segundo Legnani, a prótese de silicone deve ser trocada em meio hospitalar, com um médico especializado. “O médico que colocou a prótese inicialmente pode realizar a cirurgia, mas não é obrigatório que o faça. Outro cirurgião plástico com os devidos conhecimentos poderá retirar a prótese antiga e colocar a nova prótese de silicone”, alerta.
O especialista finaliza lembrando que se a prótese de silicone deve ser avaliada com frequência, evitando riscos maiores como pequenas rupturas, que podem gerar micro vazamentos do silicone, levando a inflamações nos tecidos próximos as próteses, podendo ser necessário até mesmo fazer uma raspagem para retirada de parte deste tecido. “Quando não devidamente tratada, essa infecção pode espalhar-se por uma grande área, comprometendo ainda mais a saúde da paciente”, alerta Legnani, lembrando que o ideal é uma visita ao médico pelo menos uma vez ao ano.