Ministério da Saúde indica que cerca de 10 a 35% das pessoas que sofrem de hipertensão controlam adequadamente a doença
Curitiba, abril de 2019 – A hipertensão arterial está relacionada com a morte de cerca de 30 milhões de pessoas por ano no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. E na semana em que se celebra o Dia Nacional de Combate à doença, a diretora médica do Frischmann Aisengart, laboratório da Dasa, Dra. Myrna Campagnoli, faz um alerta: a doença se perpetua no país porque a maior parte da população não trata adequadamente a doença, o que gera consequências graves.
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada por níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. É um dos principais fatores de risco para a ocorrência de Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto do miocárdio, aneurismas, insuficiência cardíaca e doença renal crônica. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão, a doença é muito comum, acomete uma em cada quatro pessoas adultas. “Por consequência disso, estima-se que em torno de 25% da população brasileira adulta possui a doença, chegando a mais de 50% na terceira idade e cerca de 5% das crianças e adolescentes no Brasil. É responsável por 40% dos infartos, 80% dos AVC e 25% dos casos doença renal fase terminal”, pondera a especialista.
“Por se tratar de uma doença que pode ter comportamento silencioso, o paciente às vezes só a descobre nos casos mais graves, quando dá entrada no hospital”, considera a médica. Por isso, a avaliação correta e a interpretação da pressão arterial são essenciais para o diagnóstico. “É importante procurar um médico ao identificar qualquer alteração e o ideal é realizar exames complementares conforme a indicação do profissional. A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento, pode ser controlada e somente um médico poderá determinar o melhor método para cada paciente”, explica. Os sintomas mais comuns apresentados por pessoas hipertensas são dor de cabeça, falta de ar, visão borrada, sensação de desconforto nos ouvidos, tontura e dores no peito.
Após o diagnóstico e a indicação do tratamento, o paciente deve seguir à risca as indicações prescritas pelo médico. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença pode ter causas genéticas e/ou associadas aos hábitos de vida do indivíduo. “Isso se dá pelo fato de que se estima menos da metade da população trata corretamente a doença, cerca de 10 a 35% somente”, aponta Dra Myrna.
A pressão alta faz com que o coração exerça um esforço maior do que o normal para distribuir o sangue no corpo, o que se intensifica no caso de obesos, um dos grupos mais propensos a desenvolver a doença. “O excesso de peso, aliado ao sedentarismo e à má alimentação com produtos altamente gordurosos e ricos em sal, é fator de alto risco para o hipertenso”, diz a médica. Dados do Ministério da Saúde indicam que 53% da população brasileira está acima do peso e cerca de 46% pratica atividade física de forma insuficiente.
O avanço da idade também merece a atenção dos pacientes. Dra Myrna Campagnoli esclarece que, na terceira idade, a pressão alta pode ser desencadeada por outras doenças, como doença renal, diabetes e aterosclerose (placas de gordura nas artérias). “Pacientes idosos apresentam um aumento da rigidez das artérias, o que eleva a pressão dentro dos vasos sanguíneos”, explica.
Como se prevenir?
- Aferir a pressão arterial anualmente a partir dos 18 anos de idade;
- Praticar atividades físicas regulares, como uma caminhada diária de 30 minutos, pelo menos cinco vezes por semana;
- Evitar consumo excessivo de álcool e cigarro;
- O consumo de sódio deve ser moderado, no máximo 2,3 gramas por dia, de acordo com a profissional. Evite temperos prontos, como molho shoyu, caldo de galinha, sopas industrializadas e tempero para macarrão instantâneo;
- Opte pelo mais saudável: procure alimentos frescos em supermercados e feiras da sua região. Produtos em conserva como milho, ervilha e pepino, por exemplo, são mais práticos e de fácil manuseio, mas são altamente ricos em sódio e não possuem o mesmo sabor do alimento original, pois contêm conservantes e corantes que alteram paladar.
Sobre o Frischmann Aisengart
O Laboratório Frischmann Aisengart foi fundado em 1945 pela Dra. Fani Frischmann Aisengart, uma das primeiras mulheres do Brasil a fundar um laboratório clínico e também uma das primeiras mulheres do Paraná a estudar Medicina. Em 2005, o Frischmann Aisengart foi adquirido pela DASA, importante player de saúde e quinto maior grupo de medicina diagnóstica do mundo. O Frischmann Aisengart é o maior laboratório do Sul do Brasil com mais de 40 unidades em Curitiba, Região Metropolitana, litoral e interior do estado, além de um Núcleo Técnico-Operacional em São José dos Pinhais, onde são processados os exames. Para mais informações acesse: http://www.labfa.com.br.