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Dia Mundial do Vitiligo: como conviver com a doença que acomete de forma agressiva a pele

Caracterizado pelo surgimento de manchas brancas pelo corpo, o vitiligo é uma doença na qual há a perda da coloração da pele devido à diminuição ou ausência de melanócitos – células responsáveis pela formação de melanina. Normalmente não provoca dor física e o tamanho das manchas é variável. No entanto, por mais que as lesões sejam assintomáticas, a aparência causa desconforto ao paciente.

“Os pacientes com vitiligo são muito estigmatizados e, por consequência, o impacto social é muito grande”, afirma a Dra. Paula Ferreira, dermatologista do HCFMUSP.

Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) indicam que aproximadamente 1% da população mundial tem vitiligo e que, pelo menos, 30% dos pacientes têm histórico na família. De acordo com a Dra. Paula, existem vários tratamentos que incluem desde medicamentos tópicos, fototerapia até medicamentos sistêmicos em alguns casos. O acompanhamento deve ser instituído de maneira precoce, para que a evolução seja controlada e com menos manchas. Outro lado da abordagem que vem crescendo nos últimos anos é a humanização e conscientização da doença.

Fenômeno autoimune, o vitiligo ataca as células de defesa do próprio paciente. Os surtos de piora costumam ocorrer após estresse emocional e a doença em si também é causa importante de impacto psicológico. Por isso, a necessidade da conscientização de que não se trata de algo contagioso ou que impeça o contato físico. Esse é o intuito do Dia Mundial do Vitiligo, celebrado no dia 25 de junho: aumentar o conhecimento das pessoas sobre a causa crônica – que acaba por estigmatizar quem a possui.

Tratamentos e dicas importantes

Controlar o estresse, aplicar o filtro solar corretamente, evitar exposição excessiva ao sol e não utilizar roupas apertadas que possam pressionar a pele, são boas alternativas para os pacientes com vitiligo. Alimentar-se bem também é imprescindível para manutenção do sistema imune. “É importante manter-se saudável para controlar a imunidade – a alimentação isolada, não interfere tanto nas lesões”, segundo a Dra. Paula.

Além dos medicamentos de uso tópico (cremes e pomadas específicas), o tratamento com fototerapia para cessar o aumento das lesões também é indicado. Para disfarçar as manchas, uma alternativa acessível é a cobertura feita com maquiagem, afirma a especialista. Com relação ao diagnóstico, somente o dermatologista poderá determinar o tipo, se há alguma doença autoimune associada e o estágio. Além disso, é importante pesquisar sobre e, posteriormente, procurar um psicólogo, para ampliar a qualidade de vida, contribuir com o emocional e aliviar os sintomas das crises.

<lorena.zanelatto@imagemcorporativa.com.br>

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