Sem cobertura vacinal adequada, doenças podem voltar a circular; especialista do Laboratório Santa Luzia alerta sobre o perigo da baixa adesão vacinal
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta sobre a importância de se tomar vacina. A responsável técnica por vacinas do Laboratório Santa Luzia – que integra a Dasa, líder de medicina diagnóstica no Brasil, Andrea Benincá Almeida, destaca que “manter a caderneta de vacinas atualizada é a forma mais eficaz de prevenir doenças que podem ser muito graves, especialmente quando observamos o ressurgimento de infecções antes controladas ou eliminadas”.
O Brasil é detentor do maior programa público de vacinação. O Programa Nacional de Imunização oferece as 27 vacinas recomendadas pela OMS, para todos os ciclos de vida – criança, adolescente, adulto, idoso e gestante. Porém, ainda assim, observa-se uma diminuição na procura pelo serviço nos últimos dois anos. Isso pode acarretar no reaparecimento de doenças consideradas eliminadas ou até erradicadas do país. É o caso, por exemplo, do sarampo, com 83 casos já confirmados este ano.
Para Andrea Benincá Almeida, a poliomielite é uma doença que também gera preocupação. “Se reintroduzida, a poliomielite pode levar a sequelas permanentes nos pacientes que forem acometidos, por isso a importância da imunização”, explica.
De acordo com o Ministério da Saúde, todas as vacinas indicadas para os dois primeiros anos de idade praticamente não atingiram a meta estabelecida pelo órgão em 2017. As fake news e a resistência em acreditar na eficácia dos imunobiológicos são fatores que contribuem para a queda. “As redes sociais e aplicativos de mensagens dissipam diversas notícias falsas que podem confundir a população sobre a importância das vacinas. Alguns canais, mesmo sem credibilidade, influenciam muito o comportamento das pessoas em diferentes esferas, inclusive na saúde, e, alguns movimentos antivacina repercutiram informações falsas sobre o tema. Por isso, desenvolvemos ações junto aos nossos pacientes nesta data e durante todo o ano para esclarecer sobre a importância da vacinação para a saúde, e contamos com o apoio da imprensa para este alerta”, explica.
Santa Catarina
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica – DIVE-SC, Santa Catarina alcançou 85,18% da cobertura vacinal do público alvo, sendo crianças e gestantes o maior número. Para mais informações sobre vacinas e tirar as principais dúvidas, acesse: @labsluzia.