Congresso Brasileiro de Estomaterapia debate atuação de especialidade da Enfermagem em crescimento no Paraná

A Estomaterapia é uma especialidade exclusiva da Enfermagem responsável pelo cuidado de pessoas com estomias, feridas e incontinências. Estima-se que este público, aqui no Brasil, corresponda a mais de 15 milhões de pessoas que necessitariam de uma abordagem especializada.

A maioria da população, no entanto, desconhece o que é a perda involuntária de urina, não sabe lidar corretamente com as feridas, muitas delas crônicas, ou passa a conviver com as estomias em decorrência de um tratamento para câncer ou traumas diversos, como os acidentes de trânsito, com poucas informações.

Por isso, a Sobest – Associação Brasileira de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências escolheu realizar XIII Congresso Brasileiro de Estomaterapia em Foz do Iguaçu, no Paraná, pela importância do Estado no cenário nacional.  O evento vai abordar assuntos como incontinências, cuidados da pessoa com estomias, tratamento de feridas complexas, úlceras diabéticas, assistência domiciliar, novas tecnologias, segurança do paciente, responsabilidade ética na Enfermagem, entre outros assuntos.

O Congresso deve reunir mais de mil participantes, entre enfermeiros estomaterapeutas, enfermeiros generalistas e profissionais de saúde e estudantes, para debater o tema central “Gestão e decisão clínica compartilhada em Estomaterapia”.

ESTOMATERAPIA NO PARANÁ

O Curso de Enfermagem de Estomaterapia, que teve início na Pontifícia Universidade Católica do Paraná em 2005, foi o primeiro da região sul e o quinto do Brasil. O curso tem duração em torno de 20 meses e uma turma é aberta a cada dois anos. “Já formamos 11 turmas. Como foi o primeiro da região, tivemos desde o início muitos alunos de Santa Catarina, do Mato Grosso do Sul, do interior de São Paulo e de várias regiões do Paraná. O curso de Enfermagem de Estomaterapia de Santa Catarina foi montado por dois ex-alunos nossos”, destaca Ana Rotília Erzinger, professora do Curso de Graduação de Enfermagem e  coordenadora do Curso de Especialização de Enfermagem em Estomaterapia da PUC-PR.

“Estamos no processo de reconhecer o trabalho do profissional; ainda há muitos locais em que o enfermeiro continua atuando no seu setor e acumulando a função que seria do estomaterapeuta. Acredito que é questão de tempo mudar essa cultura. Nos locais em que os serviços já estão organizados, temos enfermeiros atuando e o pessoal da gerencia da administração reconhece a importância do quanto o profissional agrega à instituição”, afirma Ana Rotília. Para ela, a especialidade tem muita perspectiva, porque possibilita ao enfermeiro trabalhar como profissional liberal e atuar em diferentes áreas, desde assistência, gerência, administração, em indústrias produtoras de insumos de diferentes tipos de materiais, como consultor técnico.

A estomaterapeuta Danielle Selmer concorda com esta avaliação. Ela atua na Educação, mas aponta que, em diversas cidades paranaenses, muitas enfermeiras empreendedoras já montaram suas próprias clínicas, atuando em parceria com outros profissionais da área de saúde.

A Estomaterapia também já conta com uma câmara técnica no Conselho Regional de Enfermagem. A Seção-PR da Sobest é ativa e organiza reuniões científicas contemplando s três áreas de atuação pelo menos a cada dois meses.

XIII Congresso Brasileiro de Estomaterapia

27 a 30 de outubro de 2019

Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention

Foz do Iguaçu – PR

 fernanda@4pressnews.com.br

 

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