O mau posicionamento das pálpebras pode causar a queda dos supercílios, um problema que diminui o campo de visão e confere um aspecto envelhecido e cansado ao rosto. “Existem várias técnicas que podem ser usadas para tratar esse problema, que aparece com mais frequência em homens e mulheres a partir dos 30 anos, que é quando os tecidos do rosto começam a enfraquecer”, afirma o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS). “Quanto mais cedo começar a tratar, melhor. Na faixa etária dos 30 por exemplo, é possível optar por técnicas de suspensão de supercílios menos invasivas”, acrescenta.
De acordo com o médico, a suspensão de supercílios pode ser feita por diferentes técnicas. “É possível realizá-la como um procedimento isolado ou também durante a cirurgia plástica da face ou de pálpebras superiores e inferiores”, diz o médico, que explica abaixo as técnicas possíveis:
Aplicação de Toxina Botulínica – A aplicação de toxina botulínica é indicada para ptoses leves da cauda de supercílios. “É a maneira mais simples de tratar a queda dos supercílios, proporcionando elevação das sobrancelhas baixas, ou até uma alternativa para quem deseja abaixar as sobrancelhas. Indicado para pessoas que já apresentam os primeiros sinais de envelhecimento e que querem realizar um procedimento de suspensão de supercílios, mas não por meio cirúrgico”, diz o médico. Além de não deixar cicatrizes, o procedimento tem a vantagem de tratar as rugas da testa e ser rápido, uma vez que a sessão dura em torno de vinte minutos e é realizada no consultório. “O resultado para esse tipo de suspensão de supercílios demora de 3 a 4 dias para aparecer e pode durar de quatro meses a seis meses, sendo necessário reaplicar após esse período. Não é indicada para gestantes e nem todas as pessoas conseguem bons resultados para suspensão de supercílios por toxina botulínica, como aquelas com queda acentuada das sobrancelhas, por exemplo”, explica.
Preenchimentos – Esse tipo de suspensão de supercílios é feito com a injeção de ácido hialurônico na região dos arcos das sobrancelhas. “O ácido hialurônico é responsável pela rigidez do tecido. Com o avanço da idade e diminuição de ácido hialurônico na pele, o tecido tende a ter mais flacidez e a pele acaba caindo. O procedimento devolve volume e firmeza para a região e torna o rosto mais jovem”, diz o médico. Feito no consultório e com sessão que dura, em média, uma hora, o tratamento é iniciado com a aplicação de um anestésico na região para diminuir o desconforto e, com a pele adormecida, o cirurgião plástico injeta a substância com uma agulha fina ou cânula. “A recuperação é simples e após uma semana a região não estará mais inchada, vermelha ou dolorida. Após 18 meses, é necessário refazer o procedimento”, afirma.
Minilifting Temporal – Essa técnica de suspensão de supercílios é feita por meio da tração e elevação dos tecidos na parte lateral dos supercílios. “É uma técnica cirúrgica, que envolve pequenas incisões e retirada da pele na lateral do rosto, na parte de dentro dos cabelos. O minilifting temporal garante um resultado natural, uma vez que os cortes ficam dentro do couro cabeludo”, explica o médico. A anestesia pode ser local com sedação do paciente, ou geral, em ambiente hospitalar. “O pós-operatório é simples, indolor e, caso haja algum desconforto, analgésicos e compressas frias ajudam a reduzir as dores e inchaços. O resultado é visível logo após a melhora do inchaço local”, argumenta o cirurgião plástico.
Lifting Frontal – Esse tipo de suspensão de supercílios é realizado sob anestesia geral, através de uma incisão extensa no couro cabeludo, ou através de incisões menores e com auxílio de material de videoendoscopia. “Com estas técnicas é possível tratar toda a região dos supercílios, além da musculatura que movimenta as sobrancelhas e provocam rugas. Os pontos são retirados após 7 a 14 dias e durante os primeiros dias de pós-operatório é natural que existam edemas na testa e nas pálpebras. Também não é esperado que haja dores no pós-operatório”, diz o médico.
Por fim, o Dr. Paolo lembra que é fundamental consultar um cirurgião plástico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para a indicação do melhor procedimento.
PAOLO RUBEZ: Cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. O médico é especialista em Cirurgia de Enxaqueca pela Case Western University, com o Dr Bahman Guyuron (em Cleveland – EUA) e em Rinoplastia Estética e Reparadora, pela mesma Universidade e pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP. http://drpaolorubez.com.br/. paula.amoroso@holdingcomunicacoes.com.br
