Avaliação, muito utilizada para melhorar a performance, ainda reduz risco de lesões
Sua aptidão física confere força ou aeróbico? A resposta está em uma amostra de DNA coletada a partir da saliva. Cada vez mais acessíveis, os testes genéticos identificam os genes que apontam predominância de tipos de fibras musculares, genes relacionados ao risco de lesão, genes capazes de regular a pressão arterial e a capacidade cardiorrespiratória. Com o resultado, praticantes de academia, atletas profissionais e amadores conseguem realizar treinos mais personalizados, reduzir riscos cardiovasculares, além de melhorar o desempenho esportivo, recuperação pós-treino e a adaptação para exercícios de força ou aeróbico.
“O resultado da atividade física que um indivíduo pratica está diretamente relacionado a herança genética. A partir de uma amostra de DNA é possível conhecer características que impulsionam o potencial genético individual”, afirma a diretora executiva do Centro de Genomas, Cintia Vilhena. Nos últimos quatro anos a procura pelos exames voltados para o esporte cresceu 60% no laboratório, que atende todo o Brasil.
Cintia destaca que hoje a medicina personalizada é fundamental para o desenvolvimento do esporte e da saúde e, cada vez mais, ela indica a necessidade de uma individualização. “É a tecnologia favorecendo cada um para atingir seu máximo potencial”.
Investir no exercício certo
Muitas pessoas investem dinheiro e tempo em academia e não atingem o resultado que desejam. O GenoGym é um exame que analisa quatro genes (Angiotensinogênio – AGT; Enzima conversora de angiotensina – ACE; Receptor de β-bradicinina – BDKRB2, e Actinina 3 – ACTN3-α) e direciona o treinamento de atletas ou desportistas para obtenção do melhor rendimento, evitando desgaste físico. “O mapeamento genético auxilia a evitar riscos de lesões, uma vez que haverá adequação ao treino”, destaca Cíntia. Ela explica que o teste pode ser prescrito por profissionais de Educação Física.
Exatidão na performance
Um exame mais completo, que pode ser prescrito por médicos do esporte, nutrólogos ou nutricionistas, permite a análise das alterações metabólicas que ocorrem no indivíduo durante a prática esportiva. No SportMax são avaliadas 15 variantes genéticas associadas à capacidade de biogênese mitocondrial (um processo indispensável para respiração celular e redução do estresse oxidativo gerado no exercício de alta intensidade), recuperação muscular pós exercício, metabolismo energético, ciclo circadiano, além da sobrecarga cardiovascular e aptidão ao treino.
Cintia Vilhena destaca que um dos benefícios é a prevenção de lesões. “Verificamos o comportamento de genes relacionados ao metabolismo do colágeno que estão envolvidos no aumento de risco para lesões em tendões e ligamentos. Entendendo como funciona esse mecanismo, é possível montar planos de exercícios individualizados e indicar a utilização de suplementos que possam minimizar os riscos para o desenvolvimento de lesões”.
Outro destaque é o ACTN3-α, considerado o gene da velocidade. “Sabe-se que este gene é notável em todos os atletas olímpicos de modalidades de força, velocidade e explosão. Os indivíduos que não possuem proteína codificada pelo ACTN3-α possuem uma maior aptidão para esportes aeróbicos, principalmente devido ao melhor funcionamento das lesões mitocondriais”, finaliza a diretora executiva do Centro de Genomas.
Sobre o Centro de Genomas
Com 17 anos de compromisso com o avanço científico, o Centro de Genomas é um laboratório referência em Medicina Molecular e Genética Avançada para o diagnóstico e monitoramento de doenças infecciosas, genética humana, oncologia molecular, medicina de precisão. É o laboratório pioneiro no país que atua na linha da Medicina 4P Genômica, capaz de predizer o risco genético às doenças crônicas não transmissíveis, para doenças cardiovasculares, à diabetes, às neoplasias, entre outros.