Ortopedistas esperam nova redução do número de mortes no Carnaval

                A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT lançou a campanha ‘Carnaval sem Traumas’, na expectativa de nova redução do número de mortes e de feridos no feriado prolongado que se aproxima.

“Há dois anos, tivemos 103 mortos e 1.569 feridos no Carnaval e no ano passado o total baixou para 83 mortos e 1.464 feridos”, diz Jean Klay, ortopedista responsável pelas campanhas da SBOT, citando os números registrados nas rodovias federais. O médico atribui a redução à conscientização dos motoristas e acredita que diminuição ainda maior pode ser conseguida este ano.

O diretor da SBOT, Wagner Nogueira da Silva, insiste, porém, que não basta o motorista evitar a bebida e obedecer às regras de trânsito. “O bom motorista frequentemente é vítima de outro, que pode estar dirigindo alcoolizado e mesmo drogado”, lembra ele. “Por isso é vital a chamada direção defensiva, guiar prestando muita atenção nos carros próximos, pois é deles que pode vir o perigo”.

 

Preparação adequada

                A campanha dos ortopedistas não está voltada apenas para as estradas. Os folhetos que todas as Regionais da SBOT estão divulgando recomendam o alongamento e aquecimento do corpo antes de desfilar numa escola ou num bloco, principalmente se usado o salto alto. “O ideal é um sapato cômodo, tênis se for possível”, ensina Jean Klay.

É recomendada também alimentação rica em carboidratos. Os médicos lembram que maratonistas costumam comer macarronada na véspera da corrida. A hidratação também é importante, a garrafinha de água é essencial, principalmente se houve consumo de álcool, que desidrata.

Wagner Nogueira diz que é muito importante prestar atenção aos sinais dados pelo próprio corpo. Uma dor no joelho que começa durante o samba é sinal de que o corpo está sendo muito exigido e que está sofrendo desgaste. “É sinal de que é preciso parar ou pelo menos dar uma pausa para descanso”, explica.

Apesar de apostarem muito na prevenção, os ortopedistas estarão preparados, de plantão nos prontos socorros e hospitais do Brasil inteiro. “É triste quando recebemos um jovem acidentado”, diz Klay, “a imprensa divulga apenas o número de feridos nos desastres mas, para nós, cada número representa uma vida, uma história, um paciente que, por causa de um segundo de desatenção, diz ele, pode ficar meses se recuperando, passando por cirurgias e reabilitação.

Ao sofrimento pessoal, é preciso acrescentar o problema econômico, pois muitas vezes a vítima de um acidente é um pai de família, que fica impedido de trabalhar e de prover o sustento da mulher e dos filhos.

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