domingo, 19 janeiro 2025
20.5 C
Curitiba

Hipertensão é responsável, direta ou indiretamente, por metade das mortes por doenças cardiovasculares

A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP – lembra que a hipertensão é um dos principais fatores de risco para as doenças do coração. Segundo a entidade, 36 milhões de adultos brasileiros têm pressão alta. Entre os idosos a hipertensão atinge 60%. A doença é responsável, direta ou indiretamente, por metade das mortes por doenças cardiovasculares, cerca de 200 mil óbitos todos os anos.

A hipertensão não tratada está associada a eventos como morte súbita, acidente vascular cerebral (derrame), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e doença renal crônica. “Nos casos de Covid-19, o hipertenso não controlado, tem complicações maiores e maior mortalidade, conforme relatos e estudos internacionais”, explica o presidente da SOCESP, João Fernando Monteiro Ferreira.

Nas últimas três décadas, houve uma diminuição da incidência da hipertensão no Brasil de 36,1% para 31% da população adulta, conforme uma meta-análise contemplando 40 estudos científicos nacionais e publicados na 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Para o presidente da SOCESP, se houvesse uma adesão em massa, onde todos os brasileiros controlassem a sua pressão arterial, teríamos um salto significativo na redução de mortes por doenças cardiovasculares. “Provavelmente atingiríamos a meta da Organização Mundial da Saúde em reduzir em 25% os óbitos até 2.025”, destaca o cardiologista.

“Durante a pandemia de Coronavírus, os hipertensos merecem uma atenção especial. Eles devem tanto evitar o contágio pelo vírus, medida baseada principalmente no isolamento social, como manter os cuidados habituais para o controle da pressão arterial. E aqui me refiro ao uso regular de medicamentos, dieta equilibrada e prática de exercícios”, ressalta o assessor Científico da SOCESP, Flávio Borelli.

O cardiologista orienta que uma alimentação balanceada, com baixo consumo de sal, também é crucial. A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo recomenda até 5 gramas de sal por dia, ou uma colher de chá. “É o limite de consumo, sem esquecer que o sal está presente em boa parte dos alimentos processados, como massas e temperos industrializados, facilmente encontrados na mesa dos brasileiros, mas que deveriam ser evitados”, alerta o cardiologista. Além do sal, os fatores de risco para hipertensão arterial são a idade, excesso de peso e obesidade, ingestão de álcool, sedentarismo, fatores socioeconômicos e genéticos.

A SOCESP promove, ao longo da semana, uma campanha virtual com postagens diárias em seu site voltado ao público em geral e nas mídias sócias. Os textos trazem orientações sobre a importância dos exercícios físicos, como controlar a doença, quais os riscos, destaca que a hipertensão não apresenta sintomas e quais são os parâmetros da pressão arterial.

Destaque da Semana

Bush, banda de rock que se apresenta no Lollapalooza Brasil, anuncia show em Curitiba

Celebrando mais de trinta anos de carreira, o grupo...

Excesso de frutose favorece a inflamação, aponta pesquisa brasileira

A substância também é associada com o aumento do...

Principais mudanças da reforma tributária: cashback, Imposto Seletivo e cesta isenta

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Publicado em 16/01/2025...

Artigos Relacionados

Destaque do Editor

Popular Categories

Mais artigos do autor