A pandemia do novo coronavírus colocou o mundo em alerta, remodelando hábitos, cuidados e estilos de vida. Somado a isso, o tempo mais frio, que exige que alguns grupos, especialmente os mais vulneráveis, redobrem os cuidados com a saúde. Um exemplo são as pessoas que sofrem com doenças crônicas e inspiram mais atenção no que diz respeito à imunidade e ao ataque de vírus e bactérias.
Integrantes dos conhecidos grupos de risco, quem sofre com artrite reumatoide, lúpus e outras doenças reumatológicas autoimunes sempre têm uma preocupação com infecções, buscando sempre minimizar o risco de adquiri-las. Em tempos de coronavírus, o cuidado tende a ser ainda maior, mesmo que cientificamente não esteja comprovado que este grupo esteja mais ou menos suscetíveis à doença.
Porém, de acordo com o médico da assessoria científica e responsável pelo Centro de Infusões da Unimed Laboratório, Maxwell Cássio de Albuquerque Pessoa, os pacientes crônicos precisam atentar no que diz respeito à prevenção, pois podem sofrer com déficits imunológicos e apresentar maior probabilidade de desenvolver sintomas graves.
E se é para prevenir, o especialista lembra que os cuidados no dia a dia do paciente com doença reumatológica não diferem do restante das pessoas. “É preciso atentar à lavagem das mãos com frequência, ficar em casa o máximo possível, evitar aglomerações e manter uma rotina saudável. Ou seja, os cuidados comuns à rotina”.
Em tempos de isolamento e distanciamento social, Pessoa reforça a importância da avaliação médica no que diz respeito aos tratamentos em curso. “O especialista é quem avaliará a necessidade de continuidade, ajustes ou suspensão das medicações para a manutenção dos cuidados para que o organismo fique um pouco mais preparado para conter possíveis infecções”.
Outro ponto fundamental para a prevenção são as vacinas, especialmente contra vírus presentes no país, como a Influenza. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 700 milhões de portadores de um transtorno do tipo autoimune sofrem de complicações sérias por ficarem gripados. “Essas pessoas reagem mais devagar ao ataque e pessoas com artrite reumatoide, por exemplo, usam imunossupressores e corticóides, que inibem a atividade dos mecanismos de defesa natural”.
A vacina pneumocócica também precisa estar em dia, pois previne cerca de 90% das doenças graves como a pneumonia e a meningite, também mais comuns nesta época do ano. Vale lembrar que quem se imuniza, tem menos complicações e, dessa forma, diminui-se o número de internações. “Em época de pandemia de coronavírus, essa imunização é extremamente importante, pois minimiza o risco de complicações”, reforça. Porém, para a garantia da proteção, é necessário que familiares, cuidadores e outros indivíduos do entorno também sejam vacinados.
Além destes cuidados, os pacientes também precisam seguir o que orientam as organizações sanitárias e o Ministério da Saúde, como uso de máscaras e luvas, além de evitar saídas desnecessárias e viagens.
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