“Impactos da Covid-19 no consumo no foodservice – região Sul”, foi apresentada no 5º Simpósio Foodservice
Entre os mais afetados pela pandemia do Coronavírus, os negócios de alimentação fora do lar precisam se reinventar para superar a crise, porque o risco de fechar as portas será maior para quem espera retomar as atividades como antes. É o que sugere a pesquisa “Impactos da Covid-19 no consumo no foodservice – região Sul”, apresentada no 5º Simpósio Foodservice, em formato de live, na última semana. O evento foi realizado pelo Sebrae/PR e integra o movimento #SuperaTurismoParaná.
Elaborada pela consultoria Food Consulting, a pesquisa ouviu 1000 consumidores de todas as regiões do Brasil, em abril. Dos entrevistados da região Sul, 74% disseram que pretendem voltar a consumir nos estabelecimentos mais vezes ou igual antes da crise; 26% disseram que irão consumidor menos do que antes. O retorno deve ocorrer em até dois meses depois da pandemia para 71% dos consumidores; 10% afirmaram que voltarão entre após dois ou três meses; 8%, após quatro meses; 5%, entre três e quatro meses; 6%, afirmaram que não voltarão a consumir.
Segurança no consumo e capacidade de compra, no entanto, preocupam. Conforme o estudo, 65% dos consumidores afirmaram ter receio da contaminação com a Covid-19 ao voltar aos estabelecimentos; 45% se disseram preocupados com o poder aquisitivo, orçamento e endividamento; 29% se preocupam com outras questões de higiene e de segurança alimentar; 13% estão receosos sobre o próprio emprego e atividade profissional. Os consumidores puderam escolher mais de uma opção entre as respostas.
Relacionados a essas preocupações estão os fatores que mais vão influenciar a decisão de onde comer. Entre múltiplas alternativas, a sensação de limpeza e de higiene foi apontada em 79% das respostas; preço acessível, em 59%; distanciamento entre as mesas, em 44%; opções do cardápio, em 33%; preço justo pela experiência, 30%; sabor e aroma das comidas, 28%; cordialidade no atendimento, 27%; qualidade e confiabilidade do produto, apareceu em 26% das respostas.
“O consumidor está a fim de moderar o consumo conforme o que está disposto a gastar pela experiência. Mas isso depende se sente segurança. Será um dilema para as empresas, que vão precisar investir em recursos para garantir a segurança e, ao mesmo tempo, trabalhar preço. É hora de ser criativo para comunicar que o estabelecimento é seguro e equilibrar preços”, apontou o responsável pela pesquisa e fundador da Food Consulting, Sérgio Molinari.
De acordo com a consultora do Sebrae/PR, Patricia Santini, os empreendedores precisam se adaptar ao que vem sendo chamado de “novo normal”, uma realidade com novos hábitos. “Passamos por um momento de reinvenção na forma de fazer as coisas. Para que as empresas continuem competitivas, o fazer diferente precisa estar alinhado ao propósito, estar presente no dia a dia do negócio”, frisa a consultora.
Ramo de atuação
Conforme a pesquisa, o principal tipo de estabelecimento com apelo ao consumidor após a pandemia é pizzaria, onde 52% dos entrevistados disseram que pretendem comer. Na sequência, com 42%, aparece o self-service, seguido por lanchonete, com 35%; restaurante, com 33%; fastfood, com 30%; e padaria, 29%. Os entrevistados manifestaram mais de uma opção.
Entre os estabelecimentos que perdem intenção de compra, as lanchonetes aparecem como as mais atingidas: 51% dos entrevistados disseram que consumiam nesses locais antes da crise, contra 35% que afirmaram que voltarão a consumir depois da pandemia. As padarias também mostram redução na intenção de consumo, com 38% contra 29%; os restaurantes, com 41% contra 33%.
Delivery
Sobre o delivery, a expectativa é que utilização do serviço se mantenha em alta no período pós-pandemia. A pesquisa mostra que 68% dos consumidores da região Sul pretendem continuar pedindo comida por delivery igual ou mais vezes que antes da crise; 31% disseram que utilizarão menos. Os marketplaces, os apps de entrega, dominam os pedidos. Com a preocupação com a segurança pra a saúde, melhorar a qualidade das embalagens pode fazer diferença na fidelização.
Entre os canais mais utilizados, os marketplaces foram apontados em 52% das respostas; telefone dos estabelecimentos, em 32%; WhastApp, em 33%; app e site do restaurante; 31%; Instagram ou Facebook, 3%; e 9% das respostas foram de consumidores que não usam o serviço.
O 5º Simpósio Foodservice contou com o apoio do Paraná Turismo, Maringá Convention & Visitors Bureau, Paraná Convention & Visitors Bureau, Rede de Turismo Regional (Retur), Prefeitura de Maringá, Conselho de Turismo de Maringá (CMTUR), Diretoria de Turismo Maringá, VQV Eventos, Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes (Sindhotel), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel Noroeste), Núcleo das Agências de Viagens de Maringá e Região (Navi), Associação Maringaense das Agências de Viagens (Amav), Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) e Núcleo de Qualidade no Turismo.
A pesquisa está disponível na Comunidade Sebrae (comunidadesebrae.com.br/
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