Cinco séculos atrás, o pintor holandês Bosch criava imagens impactantes que questionavam o conceito de bem e mal, certo e errado, desejo e virtude. Os quadros do artista inspiraram pintores surrealistas do começo do século XX e inspiraram Rohmanelli a pintar em versos o quadro irreal e insensível da sociedade atual. Com participação dos rappers WARLLOCK e GGOSS, “Do jeito que o mundo está” é um reflexivo e melancólico retrato de nossos tempos. A faixa já está disponível para streaming e ganha um clipe.
Veja “Do jeito que o mundo está”: https://youtu.be/RtceGmRVz0Y
Ouça o single: https://smarturl.it/DojeitoQueOMundoEsta
“Com este lançamento desejo expressar meu sincero cansaço com tudo que está acontecendo no Brasil e no mundo. ‘Do Jeito que o mundo está’ revela uma parte minha muito menos enérgica e dançante e muito mais intimista, até diria pessimista e melancólica, representa exatamente o que sou e sinto neste momento”, conta o artista italiano radicado no Brasil há 20 anos que viu de longe a cidade onde nasceu e cresceu se tornar um dos epicentros da pandemia.
Usar a música como forma de questionar padrões sexuais, amorosos, políticos e religiosos faz parte do discurso forte na arte de Rohmanelli. Reinvenção é palavra-chave no trabalho do artista que começou sua carreira na música em 2014, com a banda Vita Balera. O projeto explorava o rock alternativo com letras em italiano e chegou a lançar um EP homônimo. Antes disso, ele estudou música erudita e canto lírico. Após o fim da banda, Rohmanelli focou no seu projeto solo de música eletrônica alternativa ao lado do produtor e músico argentino Jeronimo Gonzalez.
Foi aí que nasceu Rohmanelli, unindo estética, figurino, letra e música. Em 2016, ele lançou sua estreia com o álbum “Anomalous”, um trabalho conceitual que trafegava entre o português, inglês e italiano e que gerou sete videoclipes. Em 2018, Rohmanelli lançou “Fanatismi”, um álbum em italiano e muito mais maduro, reunindo experiências e parcerias adquiridas nos primeiros momentos da carreira. Desde então, suas composições passaram pelas mãos de DJs, produtores e músicos do Brasil, da América do Sul e da Europa.
Seus novos lançamentos, incluindo este novo single, são um novo passo nessa sonoridade que une influências do punk, da eletrônica, do rock e do pop. É o que Rohmanelli chama de “transpop”, uma musicalidade sem barreiras de gêneros e idiomas. Agora, ele se prepara para lançar o primeiro disco totalmente em Português, refletindo suas duas décadas vivendo no país. Intitulado “[Brazilejru]”, o álbum contará com as já lançadas “Macho Discreto” e “Toneaí”.
Veja “Macho Discreto”: https://youtu.be/gRkxGiomoTs
Veja “Toneaí”: https://youtu.be/zO0a2hqZlQk
Já disponível em todas as plataformas de streaming, a faixa teve produção musical de Binho Manenti, GRAÇA e do próprio Rohmanelli e o clipe foi dirigido por Antonio Rossa.
“O cerne foi a obra de Hieronymus Bosch, o pintor do humanismo que me inspirou a música, cuja visão apocalíptica do mundo e do ser humano casou perfeitamente com minha decepção e cansaço existencial. Pensamos então em colocar em diálogo o passado e o presente, Bosch e o rap. A denúncia é a mesma, o mundo é o mesmo, nada mudou…”, conclui Rohmanelli.