A cepa B.1.1.7 do SARS-CoV-2 detectada na Inglaterra e em diversos países da Europa e do Mundo* acaba de ser identificada no Brasil, informa a Dasa, líder brasileira em medicina diagnóstica. A empresa já comunicou a descoberta ao Instituto Adolfo Lutz e à Vigilância Sanitária.
O estudo foi iniciado em meados de dezembro, quando o Reino Unido publicou as primeiras informações científicas sobre a variante, que se caracteriza por apresentar grande número de mutações, 8 delas ocorrendo na proteína da espícula viral (spike). Foram analisadas 400 amostras de RT-PCR de saliva, método que identifica três alvos distintos e não apenas o gene S, da proteína spike, e dentre elas, duas amostras apr
Além do sequenciamento, a Dasa está com outra pesquisa em andamento em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-FMUSP): de isolamento e cultivo dessa linhagem do vírus em meio de cultura, no laboratório, para gerar
A confirmação da cepa em dois pacientes foi feita por meio de sequenciamento genético realizado em parceria com o IMT-FMUSP. “O sequenciamento confirmou que a nova cepa do vírus chegou ao Brasil, como estamos observando em outros países. Dado seu alto poder de transmissão esse resultado reforça a importância da quarentena, e de manter o isolamento de 10 dias, especialmente para quem estiver vindo ou acabado de chegar da Europa”, conclui Ester Sabino, pesquisadora do IMT-FMUSP.
A mutação não é mais letal do que outras cepas dominantes, mas pode ser mais transmissível. No Reino Unido, ela já representa mais de 50% dos novos casos diagnosticados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. “A prevenção ainda é o método mais eficaz para barrar a propagação do vírus: lavar as mãos, intensificar o distanciamento físico, usar máscaras e deixar os ambientes sempre ventilados. Apesar das festas de fim de ano e das férias que se aproximam, é imperativo
daiane.leide@bowler.com.br