Passeios em horários especiais, cuidado com a hidratação e planejamento de viagem são alguns dos cuidados que os tutores devem ficar atentos
Janeiro costuma ser um mês de altas temperaturas. Por isso, é preciso estar atento aos cuidados com a saúde e o bem-estar, já que o calor e a exposição em excesso ao sol podem causar alguns problemas de saúde. Esta atenção precisa ser estendida aos pets, que também estão sujeitos a riscos durante o Verão.
Assim como nas recomendações para os tutores, é aconselhável que cães e gatos sejam levados para passear em horários específicos: antes das 10h e após 16h. Nestes períodos, o calor e a incidência de raios solares não são tão intensos. Mantendo este cuidado, dois problemas podem ser evitados para os bichinhos: a hipertermia, que é quando a temperatura corporal fica muito elevada, e a desidratação pela perda significativa de líquidos corporais pelo calor.
O veterinário Daniel Cooper, diretor operacional do Plano My Pet, explica que o problema do calor para os pets está na dificuldade de realizar o resfriamento do corpo. Diferentemente dos humanos, eles não liberam o calor com o suor da pele, realizando o processo de liberação do calor pela respiração. “Quando este processo não acontece de forma eficaz, pode levar ao aumento da ventilação pulmonar – que faz com que eles fiquem ofegantes. Este quadro de respiração acelerada, salivação em excesso e pele muito quente pode levar à hipertermia. Nestes casos, o pet também pode apresentar fraqueza, indisposição, batimentos cardíacos acelerados e até vômito”, orienta Cooper.
Segundo ele, é preciso estar atento aos sintomas para evitar complicações. Em cães de focinho curto, os chamados braquicefálicos, como Pugs e Bulldogs, o risco de sofrer de hipertermia é ainda maior, pois já existe uma resistência da passagem do ar pelas vias respiratórias destas raças.
Outro cuidado que se deve ter ao passear com pet em dias muito quentes está nas patinhas. Elas podem sofrer graves queimaduras por conta da temperatura da superfície do solo onde o animal está caminhando. Além do cuidado com os horários de pico de calor, é recomendado levar água fresca para os bichinhos se manterem hidratados durante os passeios. Outros cuidados que também podem fazer a diferença são manter os pelos curtos durante o verão e colocar os brinquedinhos no congelador para estarem refrescados na hora que entregar ao pet.
Cuidado nas viagens
Ao viajar, o cuidado precisa começar antes mesmo de chegar ao destino. É recomendado que eles viajem dentro uma caixinha de transporte – em caso de acidente em que o veículo esteja a 60km/h, estima-se que um bichinho seja projetado para frente com o peso multiplicado por 50 vezes, ou seja, um pet de 10kg pode ser arremessado pesando o equivalente a 500kg.
Em caso de viagens de carro, existem duas opções seguras para transportar os animais. Uma delas é a caixinha de transporte, que é a única recomendada para gatos – importante ressaltar que a caixa de transporte deve ser grande o suficiente para que os pets viajem confortavelmente. Outra maneira, mais eficiente para cachorros, é a utilização de cintos peitorais, que funcionam seguindo a mesma lógica do cinto de segurança para humanos.
Além disso, é importante fazer um cronograma de paradas para que o pet possa beber água e fazer as necessidades fisiológicas. Para evitar riscos de vômito ou diarreia, não alimentar o cão ou gato por até três horas antes do início da viagem pode ser a melhor opção. Ao chegar no local das férias, lembre-se de oferecer mais ração, para compensar o tempo em que ele ficou sem se alimentar.