Do folk ao blues, da música brasileira ao rock, passando pelo indie e o experimentalismo, ao legado d’O Clube da Esquina, a cantora e compositora Luma Schiavon faz sua estreia com o EP “Minha Lucidez É Minha Ruína”, primeiro trabalho de estúdio da artista mineira. O álbum vem para consolidar uma trajetória iniciada há quase uma década. Se antes Luma se dedicava a interpretar canções de outros compositores e a acompanhar outros artistas no palco, agora ela assume protagonismo do próprio trabalho com um EP plural e confessional, já disponível para streaming.
Luma Schiavon começou cedo na música. Natural de Rodeiro e residente em Ubá, ambas na Zona da Mata mineira, aos 16 anos já se apresentava em eventos e bares, integrando bandas e acompanhando outros artistas no palcos, além de seu próprio trabalho solo. Como cantora, abriu shows de Phill Veras e Castello Branco e desenvolveu o show Luma Canta Divas, com repertório focado em grandes cantoras da música brasileira. Ela é acompanhada nos palcos por Giovane Schiavon (contrabaixo) e Daniel Peixoto (bateria). Luma ainda ocupa os microfones no papel de entrevistadora com o podcast Rádio Diva, pioneiro na região, dedicado a entrevistar artistas locais.
Tudo isso culminou na gravação de seu primeiro EP autoral, realizado no estúdio Na Trilha com produção de Celso Moreira. O primeiro single foi “Janeiro (Headband)”, cujo lançamento gerou o convite para uma participação especial na live #ArteSalva, transmitida pela Rede Minas. Foi a estreia da música na TV, tendo na ocasião ao seu lado o ilustre Zé Geraldo. 2020 trouxe ainda o segundo single, “Valsa do Adeus”, que recebeu um videoclipe com roteiro, direção e edição assinados pela própria Luma.
“Esse EP é um marco entre o que eu fui nesses nove anos de carreira, construindo meu eu artista, e o que serei daqui pra frente nesse caminho que escolhi. Nesse apanhado de composições feitas desde os meus 14 anos, cada uma foi concebida em diferentes momentos da minha vida, e juntas formam um pequeno álbum sonoro de lembranças familiares, de adolescência, jovialidade e todas as emoções envolvidas em mudanças de fases da vida”, resume.
O tom pessoalista do trabalho transborda para sua apresentação visual: as artes de capa dos singles e do EP são assinadas pela própria artista. Tanto o álbum quanto “Valsa do Adeus” são estampados por imagens do sítio onde residem seus avós maternos e onde o clipe foi gravado. Na capa do single aparecem suas tias e avó, e na arte do EP, sua mãe, todas de aparência física muito similar. De forma não intencional, as fotos criam um paradoxo: seriam gerações passadas ou o futuro da própria artista?
Em “Minha Lucidez É Minha Ruína”, Luma Schiavon celebra sua trajetória até aqui, mas sem perder de foco os capítulos que virão a seguir. O álbum já está disponível nas principais plataformas de streaming de música.