Nesta semana, o Museu Planeta Água está promovendo uma série de lives para celebrar o Dia Mundial da Água. Uma delas foi com a diretora Executiva do Instituto Fashion Revolution Brasil, Fernanda Simon.
A executiva destacou a importância de apoiar iniciativas como o Museu Planeta Água, que visa trazer à tona questões importantes sobre este recurso natural.
Segundo ela, a indústria da moda é uma das mais poluidoras do mundo. Ela lembrou que a produção têxtil utiliza 93 bilhões de m³ de água, anualmente, em todo o planeta e, por conta desse alto índice, deve-se investir muito seriamente em pesquisas e processos produtivos mais inteligentes e sustentáveis.
Outro dado alarmante, segundo a executiva, é que 20% da água do mundo utilizada em processos químicos passa pela indústria têxtil. “Temos que olhar a cadeia como um todo, desde a produção agrícola das culturas, das fibras, até o produção final da roupa. A fibra mais utilizada é o poliéster, derivado do petróleo. Já a fibra de algodão que, em muitos países, é produzida em grande escala, não conta com os devidos cuidados ecológicos, o que afeta a biodiversidade local”, conta.
Fernanda Simon também frisou a importância do setor da moda para economia mundial, mas alertou quanto à forma que boa parte do segmento trabalha. Hoje, a cadeia produtiva da moda gera 8 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil, tornado o país o 4º no ranking mundial dos que mais produzem moda, sendo que 75% dessa mão de obra é feminina. “Temos muitos países, e até mesmo no Brasil, com pessoas que trabalham dentro da cadeia da moda em situação de vulnerabilidade. Existem casos até mesmo de trabalho infantil dentro do setor. Falar de produção de roupas é trazer à luz várias situações sociais também”, ressalta.
Sobre o Instituto Fashion Revolution
O movimento foi criado após um conselho global de profissionais da moda se sensibilizar com o desabamento do edifício Rana Plaza em Bangladesh, no sul da Ásia, que causou a morte de 1.134 trabalhadores da indústria de confecção e deixou mais de 2.500 feridos. A tragédia aconteceu no dia 24 de abril de 2013, e as vítimas trabalhavam para marcas globais, em condições análogas à escravidão.
No Brasil, o movimento atua desde 2014 promovendo a Semana Fashion Revolution – um acontecimento organizado em rede nacional que envolve conversas, aulas, e exibição de filmes que suscitam mudanças de mentalidade e comportamento em consumidores, empresas e profissionais da moda. O movimento, que hoje está estabelecido como Instituto Fashion Revolution Brasil, trabalha em parceria com diversos atores do setor na realização de outras atividades, como o Fórum Fashion Revolution, o Índice de Transparência da Moda e o Projeto Jovens Revolucionários.
Sobre o Museu Planeta Água
Está sendo desenvolvido, em Curitiba, um espaço exclusivo para desvendar os mistérios da água e revelar sua importância para a manutenção da vida humana e de todas as outras formas de vida. O Museu Planeta Água será um grande espaço museográfico do país totalmente dedicado a esse valioso recurso natural. Interativo, o Museu se propõe a adotar uma abordagem multidisciplinar e abrangente, apresentando os mais variados aspectos relacionados à água e seus usos – científicos, educacionais, históricos, sociais, tecnológicos, de abastecimento e de saúde. A previsão de inauguração é para o ano de 2021.
Idealizado pela Associação Brasileira do Conhecimento (EGEO) e desenvolvido pela Straub Design, o Museu Planeta Água é patrocinado pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), CTG Brasil e Compagás, além de contar com o apoio do Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE) e da Unesco desde a sua concepção. Recentemente, o Planeta Água também conquistou o apoio da Fundação Grupo Boticário, Instituto Fashion Revolution e The Nature Conservancy (TNC).
Para saber mais sobre a Semana Mundial da Água, promovida pelo Museu, acompanhe no Instagram – @museuplanetaagua.
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