Início Vida e Saúde Mulheres podem adoecer mais no segundo ano de pandemia

Mulheres podem adoecer mais no segundo ano de pandemia

Ginecologista alerta que mulheres descuidaram de si mesmas no primeiro ano de pandemia

Mulheres podem adoecer mais no segundo ano de pandemia
Dra. Rosane Frecceiro alerta mulheres sobre o autocuidado nesse segundo ano de pandemia
Arquivo pessoal

Ansiedade, depressão e perda da autoestima. Depois de um ano de pandemia, essas foram as três principais consequências do isolamento, do home office e da homeschooling nas mulheres, especialmente nas mães e chefes de família. “As mulheres tornaram-se mais vulneráveis neste ano. No dia a dia do consultório, observei que muitas interromperam os cuidados básicos, como a prevenção do câncer de colo de útero e mama e outras patologias que detectamos nos exames periódicos. Somado a isso, as incertezas desse ano também afetaram a saúde mental de todas. Então, já está mais que na hora das mulheres cuidarem de si, já que a pandemia não tem data para terminar”, afirma a médica cooperada da Unimed Curitiba, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Rosane Frecceiro.

Segundo a especialista, além de manter a energia positiva e a esperança em dias melhores, as mulheres precisam ter uma alimentação adequada, com muitas frutas, verduras, legumes e gordura boa, como as oleaginosas, ter um sono reparador, ingerir muita água e manter atividades físicas regulares. “Isso sem esquecer do uso da máscara, da higiene constante das mãos e de manter o distanciamento social para evitar o contágio”, completa.

Esses cuidados diários e rotineiros também ajudam a evitar a depressão e a prevenir doenças cardiovasculares. Rosane lembra que o diagnóstico de doenças cardiovasculares em mulheres cresceu 16,13% no último ano e que a os casos de AVC (Acidente Vascular Cerebral) em mulheres já se equipara à incidência em homens.

Mas nem todas as mulheres conseguem encarar de forma positiva o prolongamento da pandemia, especialmente nas últimas semanas, com o agravamento da doença no país e a sobrecarga da rede hospitalar. “Algumas mulheres são mais resilientes, outras reagem com revolta, raiva e agressividade, podendo desenvolver depressão, medo de morrer e compulsões por álcool, comida e até drogas. É muito importante cuidar do equilíbrio emocional e da saúde mental, dedicando tempo a si mesmas”, orienta. Sérgio Wesley

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