(*) Rafaela Aparecida de Almeida
Vivemos em uma sociedade em constante transformação, e as palavras em voga do momento são “tecnologias disruptivas” para as organizações e “resiliência” para os seres humanos. As evoluções que antes aconteciam em uma passagem de século agora levam décadas, anos, meses, e precisamos nos adaptar às novas tecnologias que surgem a todo momento.
Você provavelmente já ouvir falar em Marketing 4.0, Medicina 4.0, Indústria 4.0, o que significa que estamos vivendo a era do 4.0 que nada mais é do que a 4ª Revolução Industrial, aquela que é impulsionada por um conjunto de tecnologias disruptivas como robótica, inteligência artificial, realidade aumentada, big data, nanotecnologia, impressão 3D e a chamada internet das coisas. É importante frisar que essa revolução vai muito além da automatização e uso de tecnologias, ela nos reporta à uma sociedade informacional, pautada na comunicação e na construção do conhecimento. Uma sociedade altamente conectada em que barreiras físicas e de tempo deixaram de existir.
Em paralelo, o mundo vivencia um período pandêmico em que o uso da tecnologia informacional, da conectividade e do virtual foi acentuada e/ou acelerada de forma abrupta. O mundo se tornou uma grande rede conectada. Colaboradores saíram dos escritórios e passaram a trabalhar no modelo de Home Office. Estudantes do modelo de aula presencial perceberam que a tecnologia permitia a eles estarem conectados virtualmente com colegas e professores e que o limite do “espaço de lugares” já não existia mais. A sala de aula não estava mais presa a um espaço físico, ela pode agora ser “do tamanho do mundo” e a construção do conhecimento pode ser trabalhada em conjunto, a partir das experiências e vivências que – somadas – transformam saberes.
Esse novo cenário leva as Universidades em direção à Educação 5.0 que tem como características o desenvolvimento do pensamento criativo, a capacidade de adaptação a ambientes multiculturais, gestão do tempo, resolução de conflitos e situações problema, e o trabalho em equipe não mais limitado ao espaço físico, mas no qual a interatividade pode ocorrer simultaneamente entre alunos presentes fisicamente ou virtualmente na mesma sala de aula.
Outro ponto de destaque nesse novo modelo educacional que vem se desenhando é o uso de tecnologias digitais como suporte para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. Sendo assim, smartphones, tablets, notebooks, aplicativos, softwares, makerspaces e plataformas tornam-se parte do processo de ensino e da construção conjunta do conhecimento, permitindo aulas mais interativas e dinâmicas.
É uma nova realidade educacional que se desenha, feita para aqueles que preferem o ensino remoto, mas também considerando aqueles que não se adaptam a esse modelo e preferem as aulas presenciais. É um novo modelo de ensino que considera alunos em sala de aula, presencialmente, mas também toda uma rede conectada em qualquer parte do mundo. É a tecnologia possibilitando o ensino híbrido ou telepresencial, uma nova modalidade de ensino onde alunos e professores formam uma rede altamente conectada, sem barreiras de tempo e de espaço.
(*) Rafaela Aparecida de Almeida é tutora do curso de Secretariado no Centro Universitário Internacional UNINTER