Diante de grandes transformações digitais no mercado financeiro ocorridas nos últimos anos, o Banco Central (BC) acaba de divulgar diretrizes para o lançamento de uma moeda digital no Brasil. A previsão é que a novidade comece a ser utilizada em dois a três anos.
O Real Digital, como está sendo chamado, não será uma criptomoeda e não haverá qualquer tipo de remuneração ou especulação sobre ela. Funcionará como extensão da nossa moeda tradicional, porém, em meios digitais, usando a tecnologia a favor dos usuários.
O professor e coordenador do curso de Blockchain, Criptomoedas e Finanças na Era Digital da Uninter, Daniel Cavagnari, explica que a moeda digital brasileira terá foco na Internet das Coisas (IoT), contratos inteligentes (smart contracts), dinheiro programável, entre outros. “A Internet das Coisas torna os objetos, de certa forma, independentes. As nossas TVs, por exemplo, poderão ser programadas para comprar um determinado filme e, de forma autônoma negociar o pagamento através da moeda digital”, explica o coordenador.
Outras vantagens são, a simplificação de processos e a economia de tarifas. “O Real Digital tornará as coisas mais baratas e os processos bancários mais rápidos, eliminando uma série de burocracias e tarifas cobradas pelos bancos e cartões de crédito”, diz Cavagnari.
Segurança
O Real Digital terá segurança jurídica, cibernética e total de privacidade em suas operações, garantidas pelo Banco Central. As tecnologias de implementação ainda estão sendo estudadas pelo BC, que pretende aprofundar a discussão sobre o assunto com a sociedade e setores privados.