Balança tem superávit de US$ 41,79 bilhões no ano, até a terceira semana de julho

Exportações no período chegam a US$ 150,44 bilhões, enquanto importações atingem US$ 108,65 bilhões; no mês, saldo comercial está positivo em US$ 5,06 bilhões e corrente de comércio alcança US$ 24,04 bilhões

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 41,79 bilhões no acumulado do ano, até a terceira semana de julho, com crescimento de 51,2% em relação ao superávit de janeiro a julho de 2020. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) aumentou 33,2% no período, atingindo US$ 259,08 bilhões. As exportações até a terceira semana de julho cresceram 35,5% e somaram US$ 150,44 bilhões, enquanto as importações subiram 30,2% e totalizaram US$ 108,65 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (19/7) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

No mês, comparado a julho de 2020, as exportações cresceram 43,6% e somaram US$ 14,55 bilhões. As importações aumentaram 53,9% e totalizaram US$ 9,49 bilhões. Assim, a balança comercial teve superávit de US$ 5,06 bilhões, em alta de 27,6%, e a corrente de comércio subiu 47,5%, alcançando US$ 24,04 bilhões.

Veja os principais resultados da balança comercial

Exportações do mês

A Secex verificou aumento das exportações, em julho, em todos os setores. Houve crescimento de 20,7% na agropecuária, com US$ 2,98 bilhões; alta de 69,7% na indústria extrativa, que chegou a US$ 4,16 bilhões; e aumento de 42,2% nas vendas da indústria de transformação, que somou US$ 7,36 bilhões.

Pelo lado da agropecuária, o crescimento foi impulsionado pelas vendas de soja (+40%), madeira em bruto (+326,6%) e produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (+44,5%). Na indústria extrativa, destacaram-se as altas nas exportações de minério de ferro e seus concentrados (+109,7%), óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+36,6%) e pedra, areia e cascalho (+83,6%).

Já a indústria de transformação vendeu mais óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+139,7%), produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+232,6%) e farelos de soja e outros alimentos para animais – excluídos cereais não moídos –, farinhas de carnes e outros animais (+58,7%).

Importações do mês

O Brasil também comprou mais em todos os setores, neste mês, até a terceira semana. O crescimento foi de 33,5% nas importações da agropecuária, que somaram US$ 224,54 milhões; de 121,8% na indústria extrativa, com US$ 534,10 milhões; e de 52% na indústria de transformação, que alcançou US$ 8,63 bilhões.

Na agropecuária, o crescimento nas importações foi influenciado pela alta das compras de pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+113,5%), látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (+153,4%) e trigo e centeio, não moídos (+16,4%).

Entre os produtos da indústria extrativa, os destaques foram as compras de gás natural, liquefeito ou não (+354,1%),  óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+44,3%) e carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+111,9%).

Pela indústria de transformação, as maiores altas foram das compras de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+51,9%), partes e acessórios dos veículos automotivos (+145,7%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+68,1%).

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