O robô ROSA® Knee System auxilia cirurgiões, realizando o ajuste fino na colocação mais precisa de uma prótese para que tenha um tempo de vida útil maior, além de possibilitar ao paciente uma reabilitação mais rápida e menor tempo de internamento
O Pilar Hospital realizou, no último dia 5, a primeira cirurgia com o mais novo robô do seu parque tecnológico, o ROSA® Knee System, desenvolvido pela Zimmer Biomet, para a colocação de prótese de joelho.
A paciente, Rosa Crippa, de 76 anos, auxiliar de enfermagem aposentada, apresentava desgaste nos dois joelhos, além de um desvio e dizia que a sua qualidade de vida estava prejudicada pelas dores e dificuldades de locomoção. “A cirurgia me proporcionará voltar a uma rotina normal e ter mais equilíbrio. Os resultados estão sendo rápidos, não sinto dor nesse pós-cirúrgico e em menos de dois dias já estou conseguindo caminhar e fazer exercícios com a perna”, conta.
O cirurgião ortopedista responsável pela cirurgia de Rosa Crippa, Dr. Mario Massatomo Namba, explica que o robô atua como um assistente cirúrgico, ajudando o médico a trabalhar com maior eficiência e precisão durante uma artroplastia, procedimento que consiste na colocação de uma prótese no joelho do paciente, substituindo uma articulação desgastada e dolorosa. “O robô traz como um dos principais diferenciais a possibilidade de fazer um planejamento pré-operatório que permite antever o que será realizado no procedimento, aumentando, assim, o grau de precisão do procedimento cirúrgico. Ele também possibilita, durante a cirurgia, a checagem correta de todas as etapas, oferecendo, assim, uma maior segurança para os profissionais e pacientes”, avalia.
Robótica avançada em prol da saúde
A robótica ortopédica proporciona um refinamento para este tipo de cirurgia, conforme comenta o Dr. Luis Antonio Bauer, médico ortopedista cirurgião de quadril e joelho e traumatologista do esporte no Pilar Hospital. “O robô é utilizado em um momento específico da cirurgia, para os cortes ósseos após a exposição da articulação desgastada. Nesse momento, começa a entrar em ação o robô. Seus sensores vão fazer uma montagem virtual da imagem do joelho para que ele auxilie nos cortes do fêmur e da tíbia”, explica o médico.
Segundo o especialista, essa cirurgia já tinha um excelente resultado, mas com o uso do ROSA® Knee System chegará a resultados ainda melhores. O Dr. Luis Antonio relata que entre os benefícios estão o menor tempo de cirurgia, posicionamento dos componentes da prótese perto da perfeição e menor lesão de cortes moles (tudo o que não for ósseo, como pele, músculo, tendão, ligamento). “O robô fornece uma visualização mais precisa para que sejam feitos os cortes. Com menos lesões, o normal é que o paciente se recupere mais rápido e com menor internamento”, diz.
O posicionamento de uma prótese mais perto da perfeição é provavelmente a maior vantagem proporcionada pelo uso do ROSA® Knee System. Quanto mais precisa for a colocação, maior o tempo de vida útil da prótese. “Com a interpretação do robô, dos exames de imagem que são feitos antes da cirurgia e a colocação dos sensores durante a cirurgia, chegamos a uma prótese o mais perto possível da perfeição, que é uma prótese bem colocada, com a perna reta”, relata o médico.
“A confiabilidade de um cirurgião experiente já traz um resultado muito bom, mas as pequenas imperfeições podem ser evitadas durante a cirurgia antes dos cortes serem realizados, pois na tela do robô vemos em números e em imagem o que cada corte irá gerar”, relata o Dr. Luis Antonio.
Na área de ortopedia, o joelho é uma das articulações mais operadas. Com o olhar no futuro, o médico antecipa que cirurgias desta região do corpo deverão aumentar. “Com o envelhecimento da população, melhores condições de vida e melhor qualidade de assistência médica, a previsão é que essa cirurgia seja mais frequente no futuro, pois a população está vivendo mais. É normal que o desgaste de articulações aconteça com o avanço da idade. Esta deve ser uma cirurgia que vai crescer nos próximos anos”.
O ROSA® Knee System já está em funcionamento no Pilar Hospital, em Curitiba (PR), e é um dos primeiros da Região Sul. “Com mais esse instrumento no nosso parque tecnológico do hospital chegamos à vanguarda da ortopedia mundial. Os melhores hospitais do mundo estão utilizando esse robô e tê-lo no hospital faz com que o Pilar se aproxime das instituições americanas e europeias”, comenta o médico.