Alimentos processados em empresas paranaenses são líderes nacionais e regionais de vendas

Feijão da Caldo Bom, alimentos prontos para consumo e embalados a vácuo da Vapza, granola da Jasmine, temperos e frutas secas da Jandira. Estes produtos têm em comum, além de serem feitos no Paraná, o fato de estarem nas lideranças nacionais e regionais de vendas.

Na reportagem desta semana da série Feito no Paraná, é hora de conhecer algumas empresas de alimentos processados, que de destacam em suas áreas de atuação.

Instalada no município de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, está a cinquentenária Caldo Bom. Matheus Stival, head de Operações e terceira geração da família à frente da empresa, conta que a empresa começou como beneficiadora simples de farináceos e cereais.

Com o tempo, viu que precisava inovar e ampliar sua gama de produtos. Hoje são cerca de 150 itens que compõem a marca, entre eles o feijão Caldo Bom, líder absoluto em vendas no Sul do Brasil há mais de uma década.

“Hoje navegamos por várias linhas diferentes, desde produtos semiprontos, cereais, commodities, misturas prontas e, agora no segundo semestre, estamos entrando numa nova linha de produtos, formada por alimentos prontos para consumo”, explica Stival.

A unidade industrial instalada em Campo Largo emprega cerca de 300 pessoas, entre empregos diretos e indiretos. Agora, o objetivo da empresa é ampliar seus mercados, para o Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.

Em 2020, a Caldo Bom industrializou mais de 5 milhões de toneladas de produtos. “Tivemos crescimento relevante, mesmo na pandemia. Com as pessoas em casa, a venda dos produtos de consumo no lar acabaram aumentando e, em 2020, crescemos 20% em volume e 40% em faturamento”, conta.

PRONTOS PARA CONSUMO – Em Castro, nos Campos Gerais, uma empresa familiar fundada em 1995 com o objetivo de beneficiar batatas é hoje líder nacional na venda de produtos prontos para consumo. Enrico Milane, CEO da companhia, conta que a família trouxe da França a tecnologia para processar alimentos e entregá-los ao consumidor prontos para consumir.

“Começamos com as batatas, depois evoluímos para outros vegetais e grãos, até entrar na área de carnes em 2007”, diz.

Além de atender o País todo, a Vapza exporta seus produtos para 12 países. O mix de produtos é formado por duas linhas: a de varejo, com cerca de 45 itens, e a de food service, voltada para grandes cozinhas, redes de fast foods, pizzarias e restaurantes.

A unidade industrial, que emprega cerca de 380 pessoas, processa 500 toneladas de alimentos por mês. Todos os produtos da Vapza são cozidos, embalados a vácuo e esterilizados.

“Todos estão prontos para consumo. No Brasil, não existe a leitura desta categoria de produtos e como somos pioneiros no segmento, praticamente não temos concorrentes. Concorremos com produtos congelados, produtos in natura, produto enlatado, a granel. Um concorrente que faça exatamente o que a Vapza faz não existe”, explica Milani.

Com a pandemia e o fechamento dos estabelecimentos comerciais, a venda para redes de restaurantes caiu. No entanto, a venda de varejo aumentou, não afetando os negócios. Pelo contrário, a companhia viu a demanda crescer e aumentou em 20% seu quadro funcional desde o início da pandemia.

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