13,1% de todas as cirurgias plásticas realizadas no ano de 2019 foram no Brasil. O país liderou o ranking por dois anos seguidos, com mais de 11,3 milhões de procedimentos realizados, segundo pesquisa realizada pela ISAPS, Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética.
Durante a pandemia, com hospitais fechados para cirurgias não eletivas, a procura pelos procedimentos caiu, mas já no fim do ano passado, entre os meses de setembro e outubro de 2020, registrou-se um aumento de 30% na procura pelos procedimentos.
Agora com a vacinação andando a passos largos no país, as cirurgias plásticas estão de volta. Segundo o médico cirurgião plástico Bruno Legnani, uma nova tendência tem sido observada no consultório, o que chamamos de “efeito Zoom”. “Com as restrições de locomoção, muitas pessoas passaram a observar mais suas características, tanto nas telas do computador, em reuniões online e lives, quanto no espelho em casa”, afirma.
Com a flexibilização das medidas restritivas, o especialista registra um aumento expressivo pela busca por procedimentos estéticos, tanto cirúrgicos quanto complementares. Só para a aplicação de toxina botulínica, o aumento foi de 50% no consultório. “A aparência mais jovem é o desejo daqueles que passam o dia nas telas do computador. As reuniões online fizeram com que as pessoas olhassem mais para suas características e buscassem procedimentos estéticos para melhorar os indicativos da idade”, afirma.
Ainda, há quatro meses do verão, a busca pelas cirurgias plásticas aumenta todos os dias: em agosto, o médico já registrou um aumento também de 50% nos procedimentos realizados. Outra pesquisa, realizada pela Sociedade Internacional, mostra que grande parte dos procedimentos realizados são em mulheres adultas, entre 35 a 50 anos. “Porém, tanto homens como mulheres buscam os procedimentos, com destaque para o Botox e a lipoaspiração, que são os mais realizados”, finaliza.