Setembro Dourado: quando diagnosticado no início o câncer infantojuvenil pode ter até 80% de cura

O Instituto Nacional de Câncer – INCA estima que para o triênio 2020/2022 sejam diagnosticados 8.460 novos casos de câncer infantojuvenil, o que representa 3% do total dos 625 mil novos casos de câncer diagnosticados em cada período. A campanha Setembro Dourado foi criada para alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Os três tipos de câncer mais frequentes em crianças são as leucemias, os linfomas e os tumores cerebrais e do sistema nervoso central (26%). O câncer infantojuvenil é também associado a alterações genéticas e a malformações congênitas, as síndromes.

Assim como qualquer outro tipo de câncer, quando é diagnosticado precocemente e realizado tratamento adequado as chances de cura para os tumores juvenis são de até 80%. O INCA ainda aponta que o câncer é a primeira causa de morte por doença em crianças e adolescentes – representam de 1 a 3% de todos os casos de câncer diagnosticados. O câncer juvenil é a principal causa de mortalidade na faixa de 5 a 19 anos no Brasil.

Os sintomas do câncer infantojuvenil podem ser confundidos muitas vezes com os de outras doenças comuns na infância, por isso é fundamental procurar um especialista quando aparecerem sintomas ou sinais que não acabam ou desaparecem. O tratamento do câncer do infantojuvenil vai depender do diagnóstico, estadiamento e evolução do tumor, mas é baseado em cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

O físico médico Paulo Petchevist, do Oncoville, centro de radioterapia, conta que o tratamento radioterápico em crianças e adolescentes deve ser realizado com extremo critério, pelo fato de poderem apresentar maiores possibilidades de efeitos colaterais nos tecidos e órgãos em desenvolvimento. “O devido posicionamento e imobilização do paciente garante que a região-alvo a ser tratada receba a dose prescrita e que os órgãos de risco circunvizinhos sejam protegidos segundo o planejamento radioterápico aprovado. Quando se trata de um caso infantojuvenil a preocupação com o posicionamento aumenta, uma vez que o entendimento da necessidade de ficar imóvel durante a aplicação radioterápica se torna um desafio extra. Nesses casos, a humanização empregada na clínica Oncoville através da confecção de suportes e imobilizadores personalizados, como as máscaras termoplásticas de personagens mostradas abaixo, têm ajudado muito no êxito dos tratamentos de alta precisão. Com esses dispositivos desenvolvidos a criança/adolescente se sente mais confiante e segura para manter-se imóvel pelo tempo necessário.”    

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