Processo de adaptação interfere tanto na alfabetização quanto no ensino superior
Todos foram pegos de surpresa. Logo no início de 2019 as instituições de ensino foram fechadas em razão da pandemia de Covid-19. Como a vacinação ainda era um projeto distante, e a doença continuava a se espalhar, todos passaram a aderir ao ensino remoto. Mas como foi essa adaptação?
A primeira resistência foi a tecnológica. Muitos alunos não tinham os aparatos necessários para acompanhar as aulas. Outra dificuldade veio por parte dos professores. A maioria deles não tinha experiência com aulas on-line e em criar uma metodologia que chamasse a atenção dos alunos foi um desafio.
Grande choque
“Sempre contávamos com a presença dos alunos em sala de aula, e de repente quando tudo mudou, foi um grande choque. Agora, com a retomada gradual, fica ainda mais evidente a importância do contato, do olhar e da segurança que o professor transmite para qualquer aluno avançar e aprender melhor”, conta o professor de ensino fundamental, João Martimiano Filho.
No ensino superior, a realidade também foi alterada. As aulas também mudaram seu formato e os professores tiveram que se adaptar. “Faço questão de manter a interatividade nas minhas aulas on-line. É importante esse contato para o professor, que não sente solitário dando aula. Os alunos também elogiam, pois assim fugimos da monotonia e a aprendizagem fica mais instigante”, avalia o professor da FGV, Claudio Shimoyama.
As aulas que já retomaram o modo presencial seguem as recomendações e protocolos de biossegurança já estabelecidos pelo MEC e pelo Ministério da Saúde.