Menos trauma, inchaço e tempo de recuperação: tudo isso faz da rinoplastia preservadora um dos mais importantes avanços na cirurgia plástica. O cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo é um dos pioneiros da técnica no país e explica os diferenciais
A rinoplastia é um dos procedimentos cirúrgicos mais bem estabelecidos da medicina e exige do cirurgião plástico alguns anos de prática e aprimoramento. Com isso, é esperado que a técnica possua diversas ramificações visando a atender diferentes demandas e pacientes. E uma das novidades nesse sentido é a rinoplastia preservadora, uma cirurgia estética do nariz que oferece avanços como menor trauma, inchaço e hematomas, o que auxilia na diminuição do tempo de recuperação. “A rinoplastia preservadora tem como objetivo corrigir problemas estéticos e funcionais do nariz de maneira menos agressiva que a rinoplastia estruturada, técnica tradicional que, apesar de trazer bons resultados a longo prazo, exige longo período de recuperação e pode causar dificuldades caso seja necessária uma segunda intervenção”, explica o Dr. Mário Farinazzo, cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Chefe do Setor de Rinologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Cirurgião Instrutor do Dallas Rinoplasthy e um dos pioneiros da técnica no país. O procedimento foi difundido pelo cirurgião plástico turco Dr. Baris Cakir – em conjunto com o lendário cirurgião americano Rolling Daniel.
Como funciona – Como o próprio nome sugere, o procedimento tem o propósito, e diferencial, de preservar tecidos e ligamentos do nariz e alterando apenas o necessário para se obter a mudança de forma desejada. “Ao contrário do método tradicional em que a pele é levantada e as estruturas expostas, a rinoplastia preservadora pura é realizada por meio de incisões internas, possibilitando que o cirurgião separe as estruturas da pele de forma diferente, evitando vasos e reduzindo o risco de hematomas”, explica o médico.
Complexidade – Como a técnica não ‘expõe’ as estruturas do nariz, o cirurgião fica completamente dependente de sua perícia, tato e conhecimento anatômico do nariz, segundo o Dr. Mário Farinazzo. “Isso torna a rinoplastia preservadora um procedimento muito mais complexo do que a rinoplastia tradicional. Essa característica requer um profissional especializado e com grande experiência para que o resultado atenda às expectativas”, explica o médico. Dessa forma, a rinoplastia preservadora é considerada uma cirurgia complexa, porém, os riscos continuam sendo semelhantes ou menores que os da rinoplastia tradicional.
Benefícios – Ao preservar estruturas, a rinoplastia preservadora também tem menores chances de complicações e, caso seja necessária uma nova intervenção no nariz, a cirurgia é mais simples. “Por esses motivos, a técnica é principalmente indicada para pacientes que vão realizar a rinoplastia pela primeira vez”, destaca o Dr. Mário. Por ser um procedimento que gera menos trauma, o risco de complicações é menor e a recuperação mais rápida. “Essas vantagens são obtidas também com a escolha de um cirurgião experiente”, diz o médico. “A sustentação é feita através de ligamentos naturais presos à pele e, como resultado, o nariz fica com uma aparência mais natural e harmônica, além de preservar quase que completamente sua elasticidade e mobilidade originais. É principalmente nesse ponto que a rinoplastia preservadora se diferencia da rinoplastia estruturada, pois na técnica tradicional o nariz é completamente desmontado e ao ser remontado, o que é feito por meio de enxertos de cartilagem retirados do próprio septo, tende a se tornar mais rígido”, afirma.
Para quem é indicada – Apesar de ser uma técnica moderna e apresentar grandes vantagens, ela não é indicada para todos os pacientes. Em algumas situações, a rinoplastia tradicional pode ser o procedimento ideal. “Pacientes que já fizeram rinoplastia ou que possuam desvios muito grandes, traumas e outras condições que possam afetar as estruturas nasais não têm indicação para a rinoplastia preservadora, uma vez que há alterações anatômicas que não devem ser preservadas. O procedimento é indicado para casos primários e com uma boa estrutura anatômica, pele de espessura fina ou normal e cartilagens firmes”, explica o Dr. Mário Farinazzo.
O procedimento é feito sob anestesia geral por questões de segurança. Por ser menos invasiva, é possível que ela dure menos tempo do que o procedimento tradicional, mas, a média é de 3 a 4 horas. “Por ser menos agressiva, o pós-operatório da rinoplastia preservadora é mais rápido e tranquilo. O paciente tende a não sofrer com dores, sentindo apenas uma sensação de pressão sobre a face, e os hematomas são menos frequentes do que na rinoplastia estruturada, o que possibilita ao paciente retornar à rotina mais rapidamente”, explica. “Outro aspecto muito atrativo desta opção é a ausência de marcas, uma vez que as incisões são feitas por dentro das narinas. E o resultado, assim como na rinoplastia tradicional, deve ser o mais natural possível”, finaliza o Dr. Mário Farinazzo.
FONTE: *DR. MÁRIO FARINAZZO: Cirurgião plástico, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Chefe do Setor de Rinologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Formado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o médico é especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Professor de Trauma da Face e Rinoplastia da UNIFESP e Cirurgião Instrutor do Dallas Rinoplasthy™ e Dallas Cosmetic Surgery and Medicine™ Annual Meetings. Opera nos Hospitais Sírio, Einstein, São Luiz, Oswaldo Cruz, entre outros. www.mariofarinazzo.com.br