Discreta, com marcenaria muito bem projetada e aberta para a área social: arquiteto Gustavo Martins explica como planejou a cozinha de sua Casa Å LEVE, que marca sua participação na edição 2021 na CASACOR São Paulo
Considerada um símbolo da vida doméstica, a cozinha é um espaço significativo dentro dos projetos residenciais. Em certos casos, se mal planejada, acaba causando um desconforto visual e prejudicando uma estética minimalista de um cômodo moderno e elegante. Para equacionar essa questão, o conceito definido para a realização do projeto é primordial e um dos caminhos é trabalhar com uma cozinha ‘escondida’. O termo não implica, necessariamente, em tê-la de forma separada dos demais ambientes ou com uma espécie de porta para camuflar, mas sim trabalhar a execução para deixá-la discreta, de forma que, a depender da ocasião, pode até não ser notada.
Na cozinha da Casa Å LEVE (Viver, em norueguês), projetada pelo arquiteto Gustavo Martins, presente na CASACOR São Paulo 2021, a cozinha compacta e reservada segue o estilo minimalista da arquitetura escandinava proposta para exposição do estúdio apresentado por ele. O segredo foi trabalhar a marcenaria com armários superiores e inferiores e incorporar os eletrodomésticos como a geladeira e o espaço que compreende o frontão da pia. “Por meio do desenho dos armários e combinação com outros materiais, como a pedra Basaltina, tudo foi pensado para termos uma cozinha relativamente compacta, mas que dispõe de conforto para as atividades do morador. O resultado ficou de acordo com o que tínhamos imaginado”, conta Gustavo.
Na arquitetura de interiores, a cozinha escondida também permite que a área social da residência seja em conceito aberto, promovendo assim a integração com os demais ambientes. Dessa maneira, o local ganha mais amplitude e mais espaço, o que é muito bem-vindo em casa e apartamentos com metragem reduzida, além de propiciar um cômodo que pode ser utilizado conforme a vontade e a necessidade dos moradores. Complementando a estrutura com os armários e a pia, a ilha da cozinha da Casa Å Leve foi direcionada para uma visão completa da sala de estar e conta com o carrinho bar encaixado abaixo de sua base, deixando o cômodo ainda mais reservado.
Na estratégia de ocultar a cozinha, é preciso atentar-se aos aspectos decorativos do ambiente e investir em uma marcenaria que evoca personalidade por meio de cores e texturas com o propósito de agregar modernidade e refinamento. No caso do ambiente assinado por Gustavo Martins, a marcenaria grafite planejada pela Dimare, combinada com o cinza da pedra Basaltina Italiana, elevou a harmonia dos elementos eleitos para o projeto.
A elaboração de cozinhas escondidas coopera com o desejo de encobrir os itens que fazem parte do seu universo, mas sem o intuito de esconder por completo: a ideia principal é agregar um aspecto sistemático de arrumação quando não estiver em uso. “Quando ‘camuflamos’ a cozinha, não só ela, como todo o espaço onde está inserida ganha em organização. O resultado é uma ambiência muito mais clean”, conclui.
Sobre Gustavo Martins Arquitetura
Paulista de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, o arquiteto Gustavo Martins trilha sua trajetória no mercado de arquitetura e interiores há mais de 15 anos. Dono de um estilo contemporâneo e atemporal, tem como motivação ‘realizar sonhos’ dos seus clientes. Atuante nos segmentos residencial, comercial e corporativo, ele ressalta a personalização e a harmonia entre a volumetria e a arquitetura de interiores, traduzindo sua marca nos projetos realizados por seu escritório.
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