Superávit da balança sobe 22,3% e chega a US$ 60,39 bilhões no ano

Dados da Secex até a quarta semana de dezembro mostram corrente de comércio de US$ 491,29 bilhões, em alta de 36,2%, com US$ 275,84 bilhões em exportações e US$ 215,45 bilhões em importações

A balança comercial atingiu superávit de US$ 60,39 bilhões no acumulado do ano, até a quarta semana de dezembro, com alta de 22,3% pela média diária, sobre o mesmo período de janeiro a dezembro de 2020. Já a corrente de comércio (soma das exportações e importações) chegou a US$ 491,29 bilhões, com crescimento de 36,2%.

As exportações em 2021 já somam US$ 275,84 bilhões, com aumento de 34,6%, enquanto as importações subiram 38,5% e totalizam US$ 215,45 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (27/12) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

No acumulado do mês, as exportações cresceram 31,2% e somaram US$ 19,81 bilhões, enquanto as importações subiram 27,9% e totalizaram US$ 16,48 bilhões. Dessa forma, a balança comercial registrou superávit de US$ 3,33 bilhões, em alta de 50,7%, e a corrente de comércio alcançou US$ 36,29 bilhões, subindo 29,7%.

Apenas na quarta semana de dezembro, as exportações somaram US$ 5,15 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 3,96 bilhões. Assim, a balança comercial registrou o superávit de US$ 1,18 bilhão e a corrente de comércio alcançou US$ 9,12 bilhões.

Veja os principais resultados da balança

Exportações no mês       

Nas exportações, comparadas a média diária até a quarta semana deste mês (US$ 1,100 bilhão) com a de dezembro de 2020 (US$ 838,71 milhões), houve crescimento de 31,2% em razão do aumento nas vendas da Indústria Extrativista (+20,2%), da Indústria de Transformação (+31,5%) e da Agropecuária (+51,5%).

Na Indústria Extrativa, os destaques para o aumento das exportações foram as vendas de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+102,7%); minérios de cobre e seus concentrados (+59,1%); outros minerais em bruto (+65,3%) e minérios de níquel e seus concentrados (+ 41%).

Já na Indústria de Transformação, o crescimento foi puxado pelas vendas de produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+146,1%); farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos, farinhas de carnes e outros animais (+79%); celulose (+67%); gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (+869,6%) e ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (+49,3%).

Entre os produtos agropecuários, a alta das exportações refletiu, principalmente, o crescimento nas vendas de soja (+1.222,1%); café não torrado (+24,3%); trigo e centeio, não moídos (+208,5%); especiarias (+133,6%) e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (+14%).

Importações no mês 

Nas importações, a média diária até a quarta semana de dezembro de 2021 (US$ 915,57 milhões) ficou 27,9% acima da média de dezembro do ano passado (US$ 715,84 milhões). Nesse comparativo, aumentaram principalmente as compras da Indústria de Transformação (+20,8%), da Agropecuária (+17,6%) e, também, de produtos da Indústria Extrativista (+225,3%).

Na Indústria de Transformação, o aumento das importações foi puxado pelo crescimento nas compras de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos, (+138,4%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+ 84,8%); válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (+80,2%); medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+77,4%) e motores e máquinas não elétricos, e suas partes, exceto motores de pistão e geradores (+107,2%).

Na Agropecuária, a alta ocorreu, principalmente, pela compra de milho não moído, exceto milho doce (+227,4%); trigo e centeio, não moídos (+54,9%); látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (+17,3%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+7,6%) e algodão em bruto (+676,9%).

Por fim, na Indústria Extrativa a alta nas importações se deve, principalmente, à compra de gás natural, liquefeito ou não (+529%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+289,6%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+21,8%); outros minérios e concentrados dos metais de base (+171,3%) e fertilizantes brutos, exceto adubos (+47%).

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