terça-feira, 18 fevereiro 2025
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Dependência química pode contribuir para o desenvolvimento do câncer

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a dependência em drogas lícitas ou ilícitas é uma doença. Por se tratar de uma questão de saúde pública, é fundamental reforçar a importância de evitar o vício em substâncias que podem acarretar em problemas de saúde a curto, médio e longo prazos, além de situações que afetam a vida familiar, social e profissional.

O uso de substâncias como álcool e cigarro pode ser responsável pelo desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Estudos do Instituto Nacional de Câncer – INCA apontam que o consumo de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver tumores da boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino (cólon e reto) e mama. Não existe um nível seguro de ingestão de bebida alcoólica para ajudar na prevenção. Por isso, evitar o consumo é o melhor.

Já o tabagismo contribui para o desenvolvimento de câncer de pulmão, bexiga, pâncreas, fígado, colo do útero, esôfago, rim e ureter, estômago, colón e reto, traqueia, brônquios, tumores de cabeça e pescoço e leucemia mieloide aguda.

Aspectos psicológicos da dependência química

A psicóloga do Grupo Med4U, Renata Gonçalves, explica que a dependência de substâncias está relacionada a fatores biológicos, sociais e psicológicos, não podendo ser vinculada a apenas um fator. Diante disso, o que faz com que alguns indivíduos desenvolvam a dependência e outros não está diretamente relacionado com a sua história de vida, condição psicológica, histórico psiquiátrico individual e familiar, estilo de vida, entre outros. “A busca por profissionais adequados permite um diagnóstico precoce e a definição de um tratamento para um bom prognóstico do paciente. A dependência química ou alcoólica pode favorecer o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos e o tipo de dependência está diretamente relacionado com algumas comorbidades específicas, justamente por isso o acompanhamento profissional é primordial.”

A dependência é um problema de saúde pública, logo, ao falarmos do tratamento dessa população precisamos envolver diretamente não apenas a família e o dependente, como também o Estado. “É muito comum quando falamos de indivíduos dependentes, que possa haver uma relação familiar insalubre, pois é natural que possam surgir conflitos ou deixar fragilidades familiares mais aparentes a partir da dependência. Diante disso, quando falamos do tratamento de um dependente químico, o engajamento familiar é muito relevante para o sucesso do tratamento, uma vez que os entes queridos além de poderem incentivar e favorecer o melhor andamento do tratamento, também passam a ter um espaço para refletir e rever comportamentos, se necessário”, finaliza Renata Gonçalves.

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