Dependência química pode contribuir para o desenvolvimento do câncer

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a dependência em drogas lícitas ou ilícitas é uma doença. Por se tratar de uma questão de saúde pública, é fundamental reforçar a importância de evitar o vício em substâncias que podem acarretar em problemas de saúde a curto, médio e longo prazos, além de situações que afetam a vida familiar, social e profissional.

O uso de substâncias como álcool e cigarro pode ser responsável pelo desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Estudos do Instituto Nacional de Câncer – INCA apontam que o consumo de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver tumores da boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino (cólon e reto) e mama. Não existe um nível seguro de ingestão de bebida alcoólica para ajudar na prevenção. Por isso, evitar o consumo é o melhor.

Já o tabagismo contribui para o desenvolvimento de câncer de pulmão, bexiga, pâncreas, fígado, colo do útero, esôfago, rim e ureter, estômago, colón e reto, traqueia, brônquios, tumores de cabeça e pescoço e leucemia mieloide aguda.

Aspectos psicológicos da dependência química

A psicóloga do Grupo Med4U, Renata Gonçalves, explica que a dependência de substâncias está relacionada a fatores biológicos, sociais e psicológicos, não podendo ser vinculada a apenas um fator. Diante disso, o que faz com que alguns indivíduos desenvolvam a dependência e outros não está diretamente relacionado com a sua história de vida, condição psicológica, histórico psiquiátrico individual e familiar, estilo de vida, entre outros. “A busca por profissionais adequados permite um diagnóstico precoce e a definição de um tratamento para um bom prognóstico do paciente. A dependência química ou alcoólica pode favorecer o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos e o tipo de dependência está diretamente relacionado com algumas comorbidades específicas, justamente por isso o acompanhamento profissional é primordial.”

A dependência é um problema de saúde pública, logo, ao falarmos do tratamento dessa população precisamos envolver diretamente não apenas a família e o dependente, como também o Estado. “É muito comum quando falamos de indivíduos dependentes, que possa haver uma relação familiar insalubre, pois é natural que possam surgir conflitos ou deixar fragilidades familiares mais aparentes a partir da dependência. Diante disso, quando falamos do tratamento de um dependente químico, o engajamento familiar é muito relevante para o sucesso do tratamento, uma vez que os entes queridos além de poderem incentivar e favorecer o melhor andamento do tratamento, também passam a ter um espaço para refletir e rever comportamentos, se necessário”, finaliza Renata Gonçalves.

Destaque da Semana

Café Curaçao inicia Verão 2025 com shows nacionais em Guaratuba

"Abertura da programação para a temporada do tradicional espaço...

IA impulsiona outsourcing de TI e reduz tempo de contratação em 82%

Agilidade no recrutamento amplia demanda por serviços de alocação...

Manter o equilíbrio em uma perna ajuda a avaliar a saúde ao envelhecer

Estudo sugere que, com a idade, o chamado equilíbrio...

Intervenção autoguiada pode reduzir uso de remédio para dormir entre idosos

Pesquisa analisou impacto da técnica de mediação comportamental em...

Artigos Relacionados

Destaque do Editor

Mais artigos do autor