O mercado de franquias consolidou sua curva de recuperação em 2021, compensando grande parte das perdas de 2020 e quase igualando o desempenho de 2019. É o que mostra o balanço anual realizado pela ABF – Associação Brasileira de Franchising. O faturamento das franquias no Brasil passou de R$ 167,187 bilhões em 2020 para R$185,068 bilhões em 2021, um crescimento nominal de 10,7%, chegando a patamar semelhante ao de 2019 que foi de R$ 186,755 bilhões.
No Paraná, o cenário também é bem positivo. O setor cresceu 16,5% somando mais de R$ 13 bilhões. Um dos setores que mais se destaca é o segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar. Segundo a ABF, esse segmento faturou cerca de R$ 2,3 bilhões em 2021, o que representa um crescimento de 14% em relação a 2020. Já em número de unidades, foi o mais despontou em expansão com um acréscimo de mais de 30% em 2021 com 1.962 unidades em todo o Estado.
Nessa esteira, redes ligadas ao segmento apresentaram crescimento, como é o caso da rede curitibana Royal Face, especializada em harmonização facial que encerrou 2021 com 160 unidades inauguradas, num total de mais de 253 comercializadas. A meta do faturamento anual foi superada, fechando em R$ 150 milhões, com geração de 800 empregos diretos e 4 mil indiretos. Esses números positivos representam um aumento de 270% na receita frente a 2020.
Para esse ano de 2022, a Royal Face pretende chegar a 350 unidades comercializadas, sendo destas 300 inauguradas, com o crescimento orgânico em torno de 211% em faturamento, chegando a mais de R$ 300 milhões em receita. Para isso, a Royal Face planeja investir mais de R$ 35 milhões, gerando mais de 1.500 empregos diretos e cerca de 5.000 indiretos em todo o País.
De acordo com a diretora da Comissão de Saúde, Beleza e Bem-Estar da ABF, Danyelle Van Straten, o segmento foi beneficiado pela mudança de comportamento das pessoas. “O desejo de estar bem consigo cresceu. Além da demanda reprimida, houve uma aceleração digital, que levou muitas marcas ao e-commerce. Sentir-se bem depois de tantos acontecimentos ruins, é se sentir vivo. Em tempos de tantas mudanças, fazer parte de uma rede é um grande diferencial, é a força do ‘grande’ agindo localmente”, completa.
Fabiola França