“Peço Baixo Todos os Dias” ou “Produtos Selecionados”: qual o estilo do seu supermercado?

Existem duas vertentes de supermercados:  o supermercado com “fama” de preços baixos e comunicação mais popular e a rede de supermercado projetado para entregar produtos selecionados para um público, em tese, mais exigente.

Independente do perfil, ambos precisam acertar na comunicação para que seus clientes se sintam confortáveis em fazer compras, criando um ambiente ao alcance de suas preferências, bolsos e paladares. 

“A identidade visual precisa conversar com cada público. Desde as placas de ofertas, a própria marca do supermercado, materiais publicitários impressos e digitais e o layout das lojas terão que fixar a marca e o conceito geral. O consumidor associa cores, imagens e experiências provocadas nestes ambientes, então não há margem para experimentos ousados” explica Ediney Giordani. CCO/Founder da KAKOI Comunicação.

Tão logo tenha contato com anúncio nas redes sociais ou mesmo por um folheto com as ofertas, o consumidor  precisa entrar em contato com o logotipo, as cores e outros elementos da comunicação visual do supermercado. 

Uma vez com o carrinho, ou a cestinha, na mão, o cliente pode observar a organização das prateleiras, se orientar para as seções através das placas que indicam onde estão os produtos e saber quais são as indicações do dia. 

Ediney explica que os dois estilos de supermercados –  o mais popular e o mais exclusivo – podem criar o ambiente perfeito que influencie na decisão de compra. Se o supermercado optar pelo padrão mais top e apresentar um layout confuso e desorganizado, o cliente pode ter dificuldade em encontrar o que precisa e simplesmente desistir da compra.

Já em um mercado mais popular, que também precisa de organização, pode apostar em uma comunicação mais chamativa, com as promoções do dia espalhadas em todo mercado – desde que, claro, não destoe da identidade visual da marca.

Cada estilo precisa de uma comunicação
Em supermercados considerados mais exclusivos, os clientes estão dispostos a pagar mais por produtos personalizados, um serviço mais atencioso e marcas importadas ou premium. Esse detalhe precisa estar claro na comunicação: 

“Estes consumidores, ao entrarem no estabelecimento para fazer suas compras,  consideram a música ambiente,  a decoração, a disposição dos corredores e suas identificações e até mesmo o uniforme dos colaboradores, então a comunicação não pode ser exagerada e deve focar na qualidade dos produtos.”

Nos setores de bebidas e vinho, as bandeiras dos países ajudam na localização com um visual interessante assim como displays discretos que mostrem os setores, como alimentos, produtos de limpeza, açougue e padaria.

Já nos supermercados com estilo mais popular, os consumidores estão buscando economia e preço baixo. Cada setor ou gôndola precisa estar identificado e não há problema abusar das cores, desde que não destoem da identidade visual, cartazes gigantes com ofertas em destaque, por exemplo, são uma boa ideia.

As ofertas, por serem mais frequentes, precisam estar alinhadas com o departamento de comunicação e marketing para que cada banner, folder ou encarte sejam criados conforme as ofertas acontecem para evitar que um preço seja divulgado corretamente.

Respeite a sua marca
Ao desenvolver uma identidade visual, é importante que o mercado mantenha as cores escolhidas para compor o logotipo e outras peças gráficas de maneira condizente com a cultura organizacional do supermercado.

Uma regra que deve ser respeitada é a psicologia das cores. Nosso cérebro reage de diferentes formas quando enxerga diferentes cores, com o branco sendo a pureza e a limpeza enquanto  o vermelho é o calor, mais associado com comida:

“Cores mais sóbrias, como preto, podem trazer um ar mais elegante e amarelo desperta sentimento de compras, enfim, as cores escolhidas precisam seguir o padrão do supermercado e deve ser respeitado em toda a comunicação” completa Ediney.