A mulher vem ocupando posição em praticamente em todas as especialidades na medicina

A crescente presença feminina na carreira médica no Brasil é nítida. Se olharmos para trás veremos que nas últimas décadas, a mulher vem ocupando posição praticamente em todas as especialidades. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), comparativamente falando, em 1910, os homens eram maioria: 77,7% desta mão de obra, contra 22,3% do sexo feminino. Nos anos 60, eram 87% da categoria e as mulheres se limitavam a um percentual de 13%. A partir dos anos 70, essa proporção começou a alterar, com as mulheres tendo uma presença maior: 15,8%, pulando para 30,8% em 1990, para 42,5% em 2015, e 46,6% em 2020.
Para se ter ideia desse crescimento, no ano 2000, por exemplo, 4.572 homens se registraram nos conselhos de medicina do país, contra 3.594 mulheres. Em percentuais, isto representava 56% contra 44%, respectivamente. Já em 2009, as médicas passaram a ser maioria. Do total de inscritos nos CRMs, elas correspondiam a 50,4%, contra 49,6%, homens. Mas, em 2019, 21.941 novos médicos deram entrada de registro nos CRMs, dos quais 57,5% eram mulheres; e 42,5%, homens.”
De acordo com o CFM, a crescente presença da mulher na Medicina pode ser percebida, inclusive, de forma estratificada. Nos grupos de médicos com idades até 34 anos, elas eram maioria, em 2020. Da mesma forma, entre aqueles com até 29 anos: 58,5%, e, entre 30 e 34 anos, 55,3%. Mas, no grupo entre 35 e 39 anos, havia um equilíbrio numérico entre os sexos, com 49,7% de mulheres.
Contudo, segundo o CFM, a presença masculina na profissão médica é maior nas faixas etárias mais elevadas, atingindo o percentual máximo de 79% no grupo acima dos 70 anos. Mas, de maneira geral, conforme o órgão, a distribuição dos médicos, de acordo com o gênero por unidade da Federação, é bastante heterogênea.
As mulheres são maioria no Grupo Neocenter em Belo Horizonte/MG. A presença feminina é marcante: elas representam 89% da equipe, enquanto na Pediatria e Neonatologia, esse percentual chega a 79%.
Para Dra. Sheilla Thaisa Costa Machado, médica do corpo clínico da instituição, poder viver e observar as mulheres ocupando cada vez mais espaços em diversas especialistas e subespecialidades médicas, assim como em outros segmentos, é gratificante. “A profissionalização da mulher e a sua inserção em cada vez mais espaços é uma tendência mundial e na medicina isso não é diferente. Do mesmo modo, um dos nossos desafios profissionais é também conseguir ocupar cargos de chefia na mesma proporção que os homens”, disse.
A profissão médica é basta estressante, uma vez que a vida está sempre em jogo. Somado a isso, os profissionais têm uma alta carga horária de trabalho e precisam se manter sempre atualizados científica e tecnicamente falando. De acordo com a Dra. Sheilla Machado, além das dificuldades citadas, destaca-se a necessidade de manter o ritmo equilibrado entre a vida pessoal e a profissional. No entanto, mesmo com tantos percalços, ser mulher e médica foi a sua melhor escolha. “Apesar da jornada longa e árdua de trabalho, a Pediatria Neonatal me dá muita satisfação pessoal e profissional. A contribuição no salvar vidas de bebês e crianças muda a vida por completo”, conclui.

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