Aiyra amadurece sonoridade plural no segundo álbum, “Leve”

Cantora, percussionista e compositora são alguns dos adjetivos que traduzem a potiguar Aiyra, artista que atua na música há quase 20 anos e celebra essa trajetória no maduro novo álbum, “Leve”. O lançamento do selo DoSol sob direção artística de Anderson Foca atesta sua versatilidade, indo de temáticas sobre a força e os desafios de ser mulher, ao mesmo tempo que preza pela fluidez – como o próprio título entrega. O disco já está disponível para streaming.

 

O lançamento marca o segundo álbum de Aiyra. “Leve” nasce com a ideia de comunicar pautas que sempre estiveram presentes nas composições da artista, mas de uma forma mais fluida. As faixas desse trabalho transitam entre músicas que propõem reflexões sobre opressão, com ênfase no ser mulher (cis ou trans) no Brasil, mas também traz canções que expressam muito da intimidade de Aiyra, suas crenças, visões de mundo sobre sexualidade feminina, autoestima e relacionamentos amorosos. 

 

Nas gravações, ela foi acompanhada por artistas experientes, com destaque para a produção musical do beatmaker paraibano Guirraiz, coprodução de Aiyra e Yves Fernandes, além de Ana Morena no contrabaixo e guitarras de Yuri Matias e Tal Pessoa, que também colaborou na composição de algumas canções ao lado da cantora. 

 

Ao longo das sete músicas do disco, outras vozes potentes surgem ao lado de Aiyra, ampliando os sotaques e as perspectivas que guiam as canções e temáticas do álbum. Da Paraíba, a cantora Bixarte surge na faixa “’Ela vai triunfar” e o rapper Fontes marca presença em “O que eu quero”. Bixxatriz, cantora do Piauí mais conhecida pelo projeto Bia e os Becks, participa da música “Sem pedir desculpa”. Outra participação que se destaca em “Leve” é a da flautista Mari Santana, que toca seu instrumento na faixa “Rezo à mãe da rua”

 

“Leve” inaugura um novo capítulo em uma trajetória já rica. Ativa na  música do Rio Grande do Norte desde o ano de 2004, Aiyra participou de grupos como Flor de MacambiraBanda DuGiba, Choro na Lua, Catita Choro e Gafieira, Elegia e seus Afluentes, Rastafeeling, Igapó de Almas, entre outros. E, para além da música popular, Aiyra tem atuação erudita, com passagens pela Orquestra  Sinfônica da UFRN e também pela Sinfônica do Estado do RN. Ainda participou do grupo de percussão contemporânea Percumpá e, com eles, tocou em festivais internacionais de música. Sua atuação acadêmica a levou por mergulhos históricos na musicalidade do RN e até a eventos como o Global Music Network, na Itália.

 

Como artista solo, Aiyra busca sintetizar em sua sonoridade influências da música urbana e tradicional brasileira, bem como se permite perpassar pela musicalidade que absorve no contato com culturas musicais de outros países. Em 2019, ela gravou seu primeiro disco, “Quebra Vento”, e o levou por palcos como os festivais DoSol (RN) e Sonora (PE). Durante o período da pandemia, seguiu na ativa através de apresentações remotas para lives do DoSol e Sesc RN, Sesc Nacional, entre outros.

 

Agora, Aiyra mira o futuro com “Leve”, um trabalho que se abre para ver com mais positividade a vida – mas sem se esquivar de temáticas urgentes e de seu tempo. Mais que um disco, “Leve” é um convite a embarcar nos ritmos de uma artista que traz o frescor de um novo olhar, ao mesmo tempo que carrega uma já rica trajetória musical. O álbum está disponível nas principais plataformas de streaming.

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