Medidas prometem aquecer o mercado imobiliário
Visando estimular o crescimento dos financiamentos e o aquecimento do mercado imobiliário, a Caixa Econômica Federal anunciou no final de março a redução dos juros dos financiamentos habitacionais atrelados a poupança, em 0,15 ponto percentual. Segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, as novas taxas partem de 2,8% ao ano mais a remuneração da poupança, sendo que a taxa anual máxima vai a 8,97% ao ano. A nova regra entrou em vigor no último dia 28/03.
Em entrevista ao portal da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o executivo explicou que se trata de “uma redução para o fundo da poupança, com rendimento a 6,17%. Reduzimos 2,8%, isso significa que o funding de poupança, de fato, está abaixo de 9%”.
Outra boa notícia anunciada pelo presidente da Caixa é que as concessões de crédito imobiliário vão aumentar em 20% neste ano, para a faixa de R$ 165 bilhões a R$ 170 bilhões. “O setor da construção é fundamental para que o Brasil saia de crises. O anúncio da Caixa reforça essa premissa e vai permitir maior geração de emprego, renda e possibilitar maior acesso à casa própria para os brasileiros”, complementou Guimarães.
Tanto os juros menores no financiamento quanto o aumento nas concessões de crédito devem impactar positivamente o setor imobiliário, avalia a diretora comercial da Realmarka Construções, Kalliany Real. “Historicamente, os financiamentos habitacionais ajudam a fomentar o setor de forma muito consistente. Só em 2021, por exemplo, foram liberados R$ 255 bilhões em crédito habitacional, um número recorde. Com essas novas taxas anunciadas pela Caixa, esperamos um crescimento nos pedidos de financiamento para esse ano”, afirma Kalliany.