A arquiteta Karina Korn compartilha os critérios que aplica para a elaboração do projeto de banheiro
Um dos grandes desafios na hora de construir um banheiro do zero é a escolha do revestimento do box. Afinal, a área do banheiro que recebe a maior incidência de água, em função do banho, precisa ser um ambiente seguro para os moradores – nada de escorregões e quedas. Para auxiliar, a arquiteta Karina Korn, à frente do escritório que leva seu nome, aborda os fatores que leva em consideração para especificar o material.
O primeiro passo é procurar pelas recomendações dos revestimentos indicados pelos fabricantes. “Não existe uma tipologia específica para o box, mas sim o que pode ou não ser feito. Ao seguimos as instruções indicadas pela marca e conversar com os consultores presentes nas lojas, analisamos os critérios para avaliar se podemos ou não conjecturar para o emprego no box”, afirma Karina. Em consonância, ela observa os aspectos ligados ao décor, tanto pela estética do material, como também pelas dimensões. “O que conta são as preferências de quem vai estar todo dia no espaço. Com o gosto pessoal de cada cliente, podemos prosseguir tanto por uma proposta mais clean, como também trabalhar com um colorido intenso ou um lado mais rústico, que podem estar presentes nos porcelanatos, cerâmicos ou em pastilhas”, complementa.
Uma saída ainda mais prática para compor a decoração é utilizar o piso do banheiro também como revestimento, porém, é importante atentar-se se o material apresenta resistência à água, evitando, futuramente, o desconforto de uma área com mofo ou bolor.
Na decisão pelo revestimento, o seu formato contribui para conquistar paginações diferenciadas. “O famoso subway tile, por exemplo, nos permite colocado tanto em pé, deitado ou no formato randômico. Isso quer dizer que um mesmo revestimento pode ter sua aparência completamente diferente de projeto para projeto”, esclarece a arquiteta. Pensando ainda nas tendências, a evolução do segmento propicia materiais de alta resistência e uma gama maior de desenho das peças. “Mesmo assim, optar pelo vintage, com peças menores, de 20 x 20, propicia um resultado belíssimo!”, menciona.
Para ela, o que está em alta hoje são revestimentos um pouco mais claros e tonalidades que trazem a natureza para dentro das casas. Muitos usam o verde, o azul piscina, entre outras tonalidades que dão essa sensação, até mesmo por conta da pandemia e o isolamento exterior que esses revestimentos trazem. Outro tipo de acabamento comumente empregado é o aspecto do cimento queimado. Assim, o que antes era considerado apenas em outras área da casa, também ganhou espaço no banho.
Dicas para escolher o revestimento do box, por Karina Korn
1. Seguir os conselhos de um profissional
Não apenas contratar, mas seguir os conselhos de um profissional especializado é fundamental, assim como acompanhar as orientações do fabricante;
2. Pesquisar para tirar dúvidas
Com o advento da internet, uma busca é capaz de esclarecer muitas questões antes de fechar a compra. Caso o morador não esteja acompanhado por um profissional de arquitetura, Karina indica que as informações disponíveis na internet são referências que cooperam na decisão mais correta – tanto pela estética, como pela segurança;
3. Para praticidade, escolher peças grandes
Com os grandes formatos – alguns fabricantes produzem revestimentos de até 1,20 de largura por x 2,50 m de altura –, a funcionalidade é um ponto alto, tanto pela rapidez na aplicação, como pela junta seca, que não acumula sujeira entre os vãos.
4. Cores claras para ambientes pequenos
A última dica é para os banheiros menores. As peças grandes, que mencionamos anteriormente, além de promover mais funcionalidade na manutenção do dia a dia, também dão a sensação de amplitude e, juntamente as cores claras, constroem um clima perfeito para ambientes pequenos. “Mesmo assim, tudo anda pari passu as particularidades de cada espaço, uma vez que não é apenas colocando uma peça grande e clara que vamos resolver o assunto. Um revestimento de tijolinho ou um hexagonal também podem ser uma solução… tudo depende uma avaliação”, enfatiza.
Mesmo assim, após seguir todas as dicas, é valioso pensar que cada ambiente é único, assim como o seu morador. A arquiteta relata ser muito frequente que um cliente expresse o desejo do seu projeto ser semelhante ao de uma foto. Entretanto, cuidadosamente ela explica as razões que inviabilizam essa réplica, uma vez que cada ambiente revela particularidades e demandas diferentes.