Um disco feito de encontros. Assim é “Ano Sabático”, que chega às principais plataformas após uma sequência de singles unindo o cantor e compositor Arthus Fochi com parceiros musicais para interpretarem juntos canções inéditas de seu repertório autoral. Iniciado em 2017, o projeto se conclui em um momento simbólico, em que estar junto significa ainda mais. O lançamento digital será acompanhado, em breve, do formato físico em vinil, através do selo Cantores del Mundo.
“Ano Sabático” dá forma ao caráter colaborativo do trabalho de Arthus Fochi, cuja produção solo e independente ganha novos contornos na troca com parceiros em nível regional, nacional e até internacional. Os nomes e as origens diversas de José Delgado (Venezuela), Lívia Nestrovski (EUA), Fred Ferreira (Portugal), Juliana Linhares (RN), Duda Brack (RS), Tyaro (PE), Déa Trancoso (MG), Qinhones, Ana Frango Elétrico, Chico Chico, Júlia Vargas e Ivo Vargas (RJ) comprovam a identidade plural do disco, um caleidoscópio sonoro onde ritmos tradicionais e folclóricos do Brasil e da América Latina se encontram com sintetizadores, em arranjos e produção assinados a seis mãos: Gui Marques, o baterista Gabriel Barbosa e o próprio Arthus.
“A ideia do disco era botar para jogo minhas composições, oferecer a cada uma das participações as minhas últimas músicas compostas. Cada amigo dessa aventura recebeu algumas músicas para escolher, com exceção de alguns que já sabiam o que iriam cantar (risos). A proposta estética do disco era percorrer alguns ritmos da América Latina, incluindo o Brasil obviamente, mas fazendo isso de uma forma mais moderna, usando synth, pensando em alguns arranjos mais polifônicos, misturando com jazz, rock, enfim, algo que saísse além do lugar folclórico e que jogasse nas letras o valor poético de cada uma”, resume Arthus, ele próprio radicado atualmente na Dinamarca.
Ano Sabático transforma em música colaborativa canções ou poemas escritos por Fochi, já publicados ou inéditos. Cada convidado contribuiu lírica e musicalmente, o que resultou em uma composição a múltiplas mãos, nascida de forma orgânica dos relacionamentos cultivados por Arthus ao longo de sua carreira. Os singles lançados ganharam webclipes onde a intimidade criativa transparecia e transbordava. Além dos intérpretes, aparecem nas faixas instrumentistas como os mestres dos sopros Yuri VIllar (sax soprano), Scott Hill (sax alto) e Pedro Paulo Junior (trompete e flugelhorn). Tudo gravado e mixado por Guilherme Marques e masterizado por Bruno Giorgi.
Assista a “Escopa”:
O projeto veio para somar a uma trajetória já experiente como compositor, poeta, músico, pesquisador, professor e historiador. Todas essas são facetas presentes na aura artística de Arthus Fochi, um carioca filho de pai guarani paraguaio, que convergem na música. Como autor, lançou dois livros independentes: “Afasia” (2010) e “Poema Poeira” (2012), com apoio técnico e parceria da Editora Cozinha Experimental. Em 2018, lançou também “Ao amor imigrante”, pela Editora Urutau.
Fochi faz de seu trabalho uma coleção de referências musicais e poéticas, brasileiras e latinoamericanas, folclóricas e modernas há mais de 10 anos. Desde 2007, ele investiga ritmos da América do Sul, em viagens e residências artísticas. É articulador e fomentador da cultura hispano-americana no Rio de Janeiro. Ao lado de Guilherme Marques, desenvolve como diretor geral o label Cantores del Mundo, cedido a Arthus em 2015 por Tita Parra (neta da folclorista icônica Violeta Parra).
Já participou de peças teatrais como diretor musical e ator (entre elas, “Xambudo”, montagem da Cia. Bananeira e dramaturgia de Aderbal Freire Filho, vencedora do Festival de Teatro do Rio 2010). Em 2015, atuou e fez trilha sonora para o curta metragem “Sopro, uivo e assovio”, de Bernard Lessa. Em 2013, iniciando a carreira musical, lançou o primeiro disco, “Êxodo Urbano”, gravado a convite de Juan Alcón na IEMF Los Carmeles (Madri).
Em 2017, lançou seu segundo álbum, “Suvaco do Mundo”. Fochi lançou ainda o registro “Arthus Fochi e Os Botos da Guanabara – Ao vivo no Barbatana” e os singles “Quarentena” e “Cinema Nacional”, pelo selo Astronauta/Universal Music. Além disso, dividiu lançamentos com Nwaina (“Marasmos”), James Coroico (“Devir”), Déa Trancoso (“Corpo e Voz”), Sendeiros e Tita Parra (“Puerto Montt Está Temblando”), Sendeiros e Ziza Sales (no álbum “Sendeiros”) e Alu Santo (“Presépio”). Por fim, revelou a faixa “Tro på dig selv”, em homenagem à sua filha recém nascida, já morando em solo dinamarquês.
Agora, Arthus celebra seu projeto mais longevo com o álbum “Ano Sabático”, reunindo as 11 faixas lançadas e uma inédita. O vinil será disponibilizado a partir do segundo semestre e, em 2023, começam as gravações de “Ano Sabático 2”. Enquanto isso, é possível conferir o primeiro álbum em todas as principais plataformas de música.
Ficha técnica
Composições: Arthus Fochi
Produção Musical e arranjo: Arthus Fochi, Gui Marques, Gabriel Barbosa
Violão, Voz, Charango e Cuatro Venezuelano: Arthus Fochi
Participações: José Delgado, Chico Chico, Juliana Linhares, Duda Brack, Ana Frango Elétrico, Tyaro, Qinhones, Lívia Nestrovski, Fred Ferreira, Júlia Vargas, Ivo Vargas, Déa Trancoso.
Baixo elétrico: Pablo Arruda
Bateria: Gabriel Barbosa
Sax soprano: Yuri Villar
Sax alto: Scott Hill
Trompete e flugelhorn: Pedro Paulo Junior
Teclado, Piano e Synth: Gui Marques
Gravado no estúdio Frigideira
Engenheiro de Gravação: Gui Marques
Mixagem: Gui Marques
Masterização: Bruno Giorgi
Produção executiva: Arthus Fochi
Produção audiovisual: João F. Maciel